segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Livros: Contos Breves - Primordial

Este livro foi-me entregue como Pre Advanced Reader.


Autora: Olinda P. Gil
Texto de apresentação: Neste opúsculo estão reunidas pequenas narrativas inconscientes: digo isto porque na altura em que foram redigidas era tão jovem que nem sabia que estava a escrever um tipo específico de conto.
O conjunto daqui resultante é uma selecção e revisão de textos criados entre 1999 e 2007, período que corresponde, aproximadamente, à minha colaboração do DN Jovem (suplemento do Diário de Notícias direccionado para os jovens). Muitos dos textos aqui presentes foram lá publicados. Contudo, estão também incluídos alguns que estavam inacabados, tendo sido agora trabalhados.


Este livrinho apresenta-nos 29 contos breves. Tão breves que se lêem em menos tempo do que se bebe um café e se come uma nata. Para ser sincero, não é o meu género favorito de leitura, mas aceitei fazê-lo porque ainda não tinha lido quase nada escrito pela Olinda. Não me arrependi de o fazer!

Uma das características mais frequente nestes contos são os finais abertos, que deixam espaço ao leitor para imaginar o resto da história. Podem-se ler várias vezes e em cada uma ler-se uma história diferente. Os tópicos mais referidos são a morte e o tempo, o que não é usual numa autora tão jovem. Isso intrigou-me bastante e terei ler outros contos da autora para confirmar a minha tese.

O estilo de escrita é agradável e acessível, como seria de esperar de uma professora de Português. Apesar de não ter gostado de todos os contos da mesma maneira, tenho a certeza que muitos leitores irão encontrar contos compatíveis com os seus gostos.

Recomendo!

Classificação: 4 estrelas

domingo, 29 de setembro de 2013

Chá de Domingo #7: Bloqueios

Chegámos ao Chá de Domingo número 7! Faltam cerca de quarenta e cinco minutos para a hora normal de saída do artigo e eu ainda não sei sobre o que escrever. Houve muitas coisas interessante que aconteceram esta semana, mas nenhuma que valha um artigo. Dou uma olhada para os anteriores: Maus Finais, Procrastinar, Livros por Ler, Sagas Inacabadas, Antagonistas e Deitar livros para o Lixo. Mas só quando volto atrás e leio o que já escrevi é que tenho uma mini-epifania e me ocorre um tema.


Nas últimas semanas dei por mim num bloqueio criativo. Tenho um livro para rever, outro para acabar e um para planear para o Nanowrimo. Com tanta coisa para fazer, era natural que se não me inclinasse para um projecto, pelo menos me deveria inclinar para outro. Mas não! A única coisa produtiva que fiz durante a semana foi arrancar um conto a ferros. São alturas em que até o tecto é mais interessante que o teclado ou a caneta.

Muitos artistas passam pelo mesmo tipo de bloqueio criativo, apesar de ser mais conhecido no caso dos escritores. Este tipo bloqueios podem durar minutos ou até mesmo anos. Existem meios de lutar contra eles, sendo um deles o Nanowrimo.


Parece que o único remédio é aceitar que não podemos produzir sempre que queremos e que há factores limitantes: cansaço, motivação, tempo, etc. Por outro lado aproveitar todos os momentos em que temos condições para escrever. E, como diz a imagem, manter a calma e continuar a escrever.

Outra coisa que faço quando me sinto a bloquear é fazer um chá. E vocês? Quais são os vossos sintomas típicos de bloqueio? O que é que vos faz ficar bloqueados?

sábado, 28 de setembro de 2013

Livros: A Brief History of Time

Este livro foi-me oferecido e como o tema me interessava, comecei logo a lê-lo!


Autor: Stephen Hawking
Texto da contra-capa: From the time of the ancient Greeks through the present time, this historical overview of cosmology is told by one of the most famous and fascinating scientists today.
In the ten years since its publication in 1988, Stephen Hawking's book has become a landmark volume in scientific writing, with more than nine million copies sold worldwide. That edition was on the cutting edge of what was then known about the nature of the universe. But the last decade has seen extraordinary advances in the technology of observing both the micro- and the macrocosmic worlds, confirming many of Professor Hawking's theoretical predictions. Eager to bring to his original text the new knowledge revealed by these observations, he has written a new introduction, updated the original chapters throughout, and added an entirely new chapter on the fascinating subject of wormholes and time travel.


O autor procura explicar de uma forma clara e simples os conceitos complexos da física moderna. Como tenho um mestrado em física foi-me relativamente fácil entender os assuntos abordados, contudo tenho uma certa reserva de que uma pessoas sem bases sólidas o consiga fazer. Mesmo assim, é muito mais fácil de entender que um curso de física ou uma cadeira na universidade sobre o tema, sendo acessível para uma pessoa que se encontre motivada. Um dos aspectos que ele respeitou foi a remoção da gíria científica, que pode ser uma autentica dor: no mundo da ciência usam-se palavras que no dia-a-dia normal tem significados bastante distintos.

É um livro bastante completo, apesar de já estar um pouco desactualizado, o que não é surpreendente. Por exemplo, basta olhar para as descobertas realizadas no ano passado para perceber que a física é uma ciência em desenvolvimento, onde nem as fronteiras estão bem definidas.

Recomenda-se vivamente a pessoas interessadas no tema!


Classificação: 5 estrelas


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Críticas à Compilação de Contos da Era Dourada

No passado dia 12 de Setembro, publiquei o meu primeiro ebook, via Smashwords. As primeiras críticas já chegaram e aproveito para destacar algumas:


"Achei fantástica esta compilação de contos."

"Gostei da forma simples da escrita, simples e agradável."
- do blogue Folhas do Mundo


" (...) um enredo que nos cativa, adorei o conto O Monstro e a Musa, que tem várias surpresas e um final muito bem conseguido, (...) temos muitas questões que nos levam a reflectir."
- do blogue Leituras do Fiacha


"Nunca tinha lido nada sobre este jovem escritor, nem tinha a mínima noção do seu trabalho; posso afirmar com toda a certeza que estamos perante um autor com um enorme potencial!"
- do blogue Eu e o Bam


"O tema não é novo, mas a cada dia que passa torna-se cada vez mais pertinente e importante (...)"
- do blogue O Senhor Luvas


Leiam o resto das críticas no Goodreads.
Podem encontrar o livro na Smashwords.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Livros: Tales of the Greek Heroes

Encontrei este livro numa estante poeirenta de uma loja de livros em segunda mão. Quando era mais novo li muitos livros deste género, que trazia emprestados da biblioteca da escola, por isso não resisti em refrescar a memória.


Autor: Roger Lancelyn Green
Texto da contra-capa: Some of the oldest and most famous stories in the world?the adventures of Perseus, the labors of Heracles, the voyage of Jason and the Argonauts?are vividly retold in this single, connected narrative of the Heroic Age, from the coming of the Immortals to the first fall of Troy. With fresh dialogue and a brisk pace, the myths of this version are enthrallingly vivid.


Apesar da linguagem simples e do pouco detalhe da narrativa, é um livro agradável de se ler, especialmente num faixa etária mais jovem. É um excelente resumo até para os mais crescidos que queiram ter uma ideia geral sobre os mitos gregos.

Conta a história dos deuses e heroís da Grécia antiga desde a criação do mundo até ao combate dos Titãs, passando pelos trabalhos de Hércules e pela viagem dos Argonautas. O comum dos leitores irá ficar fascinado com a familiaridade que alguns desses contos têm, já que serviram de inspiração para grande parte da literatura europeia.

Recomenda-se como leitura ligeira, mas não esperem encontrar detalhes.

Classificação: 3 estrelas

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Livros: Fahrenheit 451

Aqui está um livro que já andava há muito tempo para ler.

Autor: Ray Bradbury
Texto da contra-capa: Guy Montag was a fireman whose job it was to start fires...

The system was simple. Everyone understood it. Books were for burning... along with the houses in which they were hidden.

Guy Montag enjoyed his job. He had been a fireman for ten years, and he had never questioned the pleasure of the midnight runs nor the joy of watching pages consumed by flames ... never questioned anything until he met a seventeen-year-old girl who told him of a past when people were not afraid.

Then he met a professor who told him of a future in which people could think ... and Guy Montag suddenly realized what he had to do!


As expectativas para este livro eram bastante grandes, tendo em conta o tempo que tive de esperar para o ler e a fama que ele tem, a fasquia estava realmente alta. Não fiquei desapontado!

Influenciado pela descoberta das armas nucleares e da queima dos livros pelos Nazis, Ray mostra-nos o retrato de uma sociedade alienada pelo prazer momentâneo e uma irresponsabilidade infantil. As pessoas deixaram de querer pensar e os livros foram postos de parte em favor de um entretenimento vazio de mensagem ou conteúdo.
Envolvemos-nos facilmente com a personagem principal, assim como é fácil sentir empatia por Clarisse, que aliás é uma personagem memorável. Capitão Beatty também tem tudo para ficar na memória por muito tempo.

A acção decorre a um bom ritmo, sem que o worldbuilding atrapalhe. Já estava habituado à escrita de Ray, o que ajudou imenso. A história é credível e as revelações vão acontecendo quando menos se espera.

Recomendo vivamente, é um livro que todos deviam ler!

Classificação: 5 estrelas

domingo, 22 de setembro de 2013

Chá de Domingo #6: Maus Finais

AVISO: Este post contêm spoilers!


O tema desta semana são os finais maus. Quem é que nunca leu um livro e o achou fenomenal mas, ao chegar às páginas finais, ficou desapontado com o desfecho?

Isso já me aconteceu e continua a acontecer com bastante frequência. Na minha opinião, há finais maus, muitos maus e outros que apetece espancar o autor. Vou-me concentrar só nos últimos porque, infelizmente, os primeiros são bastante frequentes. Se o livro for todo mau, já nem é surpresa que o final siga na mesma linha, mas quando o livro foi bom, me prendeu e cativou para depois me mandar com um balde de água fria, é frustrante!

Vou começar com um livro que li há pouco tempo. Um final demasiado previsível porque o autor se descaiu a meio do livro é horrível. Apetecia-me espancar o autor porque desde a primeira página já sabia como é que aquilo ia acabar. Se o miúdo encontrou o corpo, já sabia que eles iam conseguir chegar à América mas que iam morrer! Também sabíamos que eles não conseguiam lançar a bomba atómica desde o início. A única coisa desconhecida era tão fácil de adivinhar que não deu gozo nenhum: o velhote é que era o vilão!

Outro livro que me chateou bastante foi a Fórmula de Deus de José Rodrigues dos Santos. Como é que se escreve um livro com tanto factos rigorosos e no fim se entra no domínio da especulação sem qualquer separação? Passaram uns dois anos antes que me atrevesse a voltar a pegar num livro deste autor.



Outro que me aborreceu bastante e que ainda me está entalado na garganta foi o mais recente livro do Dan Brown: Inferno. Estou a ler um livro de mistério e acção quando, de repente e sem aviso, se torna em ficção científica! Se eu quisesse ler ficção científica nesse dia tinha agarrado outro livro! Já agora, não leiam o livro: o gajo não consegue impedir o vírus de se propagar!


Quais foram os finais que mais vos chatearam e decepcionaram? Porquê?

sábado, 21 de setembro de 2013

Livros: Um Cappuccino Vermelho

Para variar decidi ler um autor português, que apesar de desconhecido, apresenta bastante potencial.


Autor: Joel G. Gomes
Texto da contra-capa: As pessoas que conhecem Ricardo Neves dividem-se em dois grupos: os que o conhecem como autor de policiais e os que o conhecem como assassino profissional.
Ricardo sempre cuidou para que estas duas facetas da sua vida não misturassem. Tudo se complica quando recebe uma lista de alvos demasiado próximos do seu mundo de escritor. A colisão torna-se inevitável e Ricardo não tem como a impedir.

***

João Martins é um escritor com prazos para cumprir e sem ideias para desenvolver. Até que tem a ideia de escrever sobre um escritor que é também assassino profissional.
A surpresa acontece quando pessoas à sua volta começam a morrer tal e qual ele descreve no seu livro. A dúvida surge de imediato: estarão as mortes a acontecer porque ele as escreve ou será ele um mero narrador de eventos predestinados a acontecer?


Tenho de dizer que o livro começa mal, muito mal mesmo. O infodump inicial sobre o café é longo e desapropriado. Se eu quisesse ler um tratado sobre o café, teria comprado um livro sobre a especialidade (como fiz sobre o Whisky) ou consultaria a Wikipédia. Quando leio um livro de ficção, espero ler ficção. Outro ponto negativo são as descrições das acções, tão pormenorizadas como inúteis para o avançar da história. Às vezes salta descrições que podiam interessar aos leitores, o que gerou alguma frustração. Por fim, tem um problema de estrutura: o prólogo era dispensável e não tem um entrelaçamento entre as personagens, indispensável para motivar a leitura.

Agora a parte positiva: a ideia de misturar ficção com a realidade não se esgota com facilidade, por isso um livro com esta premissa é sempre agradável de se ler. O final salva o livro!

Em resumo: uma boa ideia, mas mal concretizada. Espero que o autor melhore a sua técnica e que nos possa presentear com as suas excelentes ideias.


Classificação: 2 estrelas

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Uma Aventura no Sítio Errado

Aqui vamos para mais um livro infanto-juvenil. Estes livros conseguem até entreter uma pessoa, se as espectativas forem adequadas e não se quiser fazer nenhum esforço mental.


Autores: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Texto de apresentação: Esta Aventura decorre numa quinta misteriosa e isolada. Excepcionalmente, não se identificou a localização para que os leitores possam imaginar o cenário na zona que desejarem. As personagens viajam de comboio, adormecem, e quando acordam a estação onde deviam apear-se já ficou para trás e, por isso, acabam por ir parar ao sítio errado, a dita quinta. Gente exótica, um festival de magia, o dono da casa, que na sequência de uma agressão fica amnésico e toma o Pedro por seu filho, ruídos na noite, enigmas para desvendar, passagens secretas, tudo se conjuga para que as surpresas se sucedam a um ritmo alucinante até ao último capítulo. Um livro excelente para despertar ou aprofundar o gosto pela leitura, na escola ou em casa.


Apesar de ter um desenvolvimento muito mais rápido que os outros e um twist final um pouco menos previsível, pecou por ser tão curto e tão pouco desenvolvido. Contudo, cumpriu o objectivo de me entreter durante alguns quarto de hora.

Ainda não me consigo habituar a ler no novo acordo ortográfico. Cada vez que aparece um erro até me apetece espirrar.

Classificação: 3 estrelas

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

The Illustrated Man

Esta quarta-feira não houve texto original, por isso vão ter que gramar com mais uma crítica. Peço a vossa compreensão!

Este encontrei-o numa loja de livros em segunda-mão e como queria conhecer mais da obra de Ray Bradbury, já não o larguei.


Autor: Ray Bradbury
Resumo do Goodreads: That The Illustrated Man has remained in print since being published in '51 is fair testimony to the universal appeal of Bradbury's work. Only his 2nd collection (the 1st was Dark Carnival, later reworked into The October Country), it's a marvelous, if mostly dark, quilt of science fiction, fantasy & horror. In an ingenious framework to open & close the book, Bradbury presents himself as a nameless narrator who meets the Illustrated Man--a wanderer whose entire body is a living canvas of exotic tattoos. What's even more remarkable, & increasingly disturbing, is that the illustrations are themselves magically alive, & each proceeds to unfold its own story, such as "The Veldt," wherein rowdy children take a game of virtual reality way over the edge. Or "Kaleidoscope," a heartbreaking portrait of stranded astronauts about to reenter our atmosphere--without the benefit of a spaceship. Or "Zero Hour," in which invading aliens have discovered a most logical ally--our own children. Even tho most were written in the '40s & '50s, these 18 classic stories will be just as chillingly effective 50 years from now.


É sempre um prazer descobrir partes da obra deste escritor. Apesar de não ser a sua obra mais conhecida e de já ter lidos as crónicas marcianas (que é um livro do mesmo género), não fiquei desapontado com o que encontrei. As diferentes histórias não parecem ter qualquer ligação, contudo o Homem Ilustrado providencia uma relação adequada entre elas. A obra centra-se num misto de ficção científica com uma pitada de fantasia e para os amantes do género é um livro a não perder.

Todavia, nem tudo foi perfeito, alguns contos demoraram um bocado para que eu me envolvesse neles, o que prejudicou a leitura. Não consigo perceber o que se passou, e poderá mesmo ter sido do meu cansaço aquando da leitura.

Um tema recorrente do livro foi a morte. O outro tema foram as crianças. Qual seria a mensagem que o autor quereria passar? Não sei a resposta, mas acho que irei pensar nos contos durante muito tempo.


Neste livro faltam o contos "The Rocket Man", "Fire Ballons", "The Exiles", "The Concrete Mixer" e "The Illustrated Man". O meu favorito foi o "The Rocket". A mensagem é muito bonita e mostra o melhor do amor paternal. Aconteça o que acontecer, se deitarem as mãos a este livro, não deixem de ler este conto em particular. Está muito bem conseguido e garanto que vos vai entreter e surpreender.


Classificação: 4 estrelas

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The Worst-Case Scenario - Survival Handbook

Encontrei este numa loja de livros em segunda mão e não resisti em comprá-lo para casa.


Autor: Joshua Piven e David Borgenicht
Texto da contra-capa: Danger! It lurks at every corner. Volcanoes. Sharks. Quicksand. Terrorists. The pilot of the plane blacks out and it's up to you to land the jet. What do you do? The Worst-Case Scenario Survival Handbook is here to help: jam-packed with how-to, hands-on, step-by-step, illustrated instructions on everything you need to know FAST-from defusing a bomb to delivering a baby in the back of a cab. Providing frightening and funny real information in the best-selling tradition of the Paranoid's Pocket Guide and Hypochondriac's Handbook, this indispensable, indestructible pocket-sized guide is the definitive handbook for those times when life takes a sudden turn for the worse. The essential companion for a perilous age. Because you never know...


Com algum humor e bastante rigor, estes dois escritores dão dicas de como sobreviver nas situações mais perigosas. A maioria das dicas são apenas válidas para casos mais específicos, como por exemplo da luta com espadas não é recomendável para todos os tipos de espadas e pode induzir em erro. Não é que seja provável alguém envolver-se numa luta com sabres nos dias de hoje, mas tomei isso como avaliação para os restantes casos.

No somatório, acho que é um livro bastante completo e útil em muitas situações que parecem impossíveis mas que, com umas pequenas dicas, se tornam possíveis.

Recomenda-se a aventureiros e a escritores que precisem de personagens aventureiras que se metam em muitos sarilhos.


Classificação: 4 estrelas

domingo, 15 de setembro de 2013

Chá de Domingo #5: Procrastinar

O tema desta semana vem mesmo a calhar! Esta semana decidi procrastinar e não escrever o Chá de Domingo durante o fim-de-semana, tornando-se um bom exemplo daquilo que queria aqui falar hoje.


Todo o escritor que é escritor já procrastinou. Não venham cá com negações ou desculpas! Sabem bem que já o fizeram! Não digo que procrastinar é exclusivo dos escritores, porque não é. Aliás, acho que há por ai muita boa gente que procrastina e nem sequer sabe o que a palavra significa.


Apesar de ser uma praga em todas as actividades humanas, afecta em especial os escritores. Por exemplo adiei este artigo! Adiamos o primeiro rascunho, adiamos a revisão, adiamos as mudanças, adiamos os cortes. Um escritor passa a vida a adiar o dia em que dirá que a sua obra está completa. Este desafio pela perfeição impossível impede que muitos livros algum dia vejam a luz do dia.

A procrastinação está tão ligada ao bloqueio que algumas pessoas até confundem uma com a outra. Há partes do livro que não nos apetece escrever e com isso gastamos uma data de tempo, fazendo outras coisas, como se aquela parte se escrevesse sozinha.

Eu combato isso com hábitos de escrita estritos. Há uma hora e local para escrever. Enquanto estou ali, não faço mais nada, não interessa o que estiver pendente! Mesmo assim, raramente consigo cumprir os prazos, mas isso é devido aos imprevistos, que podem ser assunto para outro chá.

É frequente procrastinarem? Acontece-vos muitas vezes ficarem bloqueados? Acham que as duas coisas estão ligadas? O que fazem contra isso?

sábado, 14 de setembro de 2013

The Man Who Broke Into Auschwitz

Confesso que comprei este livro pela capa. O assunto interessava-me e eu não consegui resistir.


Autor: Denis Avey com Rob Broomby
Texto da contra-capa: "The Man Who Broke into Auschwitz" is the extraordinary true story of a British soldier who marched willingly into the concentration camp, Buna-Monowitz, known as Auschwitz III. In the summer of 1944, Denis Avey was being held in a British POW labour camp, E715, near Auschwitz III. He had heard of the brutality meted out to the prisoners there and he was determined to witness what he could. He hatched a plan to swap places with a Jewish inmate and smuggled himself into his sector of the camp. He spent the night there on two occasions and experienced at first-hand the cruelty of a place where slave workers, had been sentenced to death through labor. Astonishingly, he survived to witness the aftermath of the Death March where thousands of prisoners were murdered by the Nazis as the Soviet Army advanced. After his own long trek right across central Europe he was repatriated to Britain. For decades he couldn't bring himself to revisit the past that haunted his dreams, but now Denis Avey feels able to tell the full story--a tale as gripping as it is moving--which offers us a unique insight into the mind of an ordinary man whose moral and physical courage are almost beyond belief.

Link do Goodreads

É um livro fácil de ler, apesar de se tornar um pouco chato por demorar até chegar à parte que realmente me fez comprar o livro. Acho extremamente curtas as cenas das trocas e não creio que merecesse um livro tão grande para contar a história toda, havendo muitas partes que eram dispensáveis.

Fora esse detalhe, é uma história humana, de sofrimento, coragem, sadismo e loucura. Consegue emocionar e enraivecer com a violência inerente ao Holocaustro. Algumas situações são tão irreais que parecem retiradas de um filme ou livro de ficção.

Foi bem escrito e é tão detalhado como uma biografia pode ser.

Recomenda-se a leitura, mas sem grandes expectativas.

Classificação: 3 estrelas

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

As minhas participações na Nanozine

Quem é que já conhece o projecto Nanozine?


Qual o objectivo da Nanozine?

A Nanozine foi criada a pensar em muitas pessoas que gostam de escrever e colocam os seus escritos na gaveta a pensar que não são escritores. Como achamos que a qualidade de um texto deve ser avaliada pelo leitor, achamos por bem aceitar textos com os mínimos. Que mínimos são esses? Textos coerentes, sem erros ortográficos. Gostamos de proporcionar aos nossos leitores e autores uma troca agradável de textos diferentes.

Já participei em dois números desta e-zine:

Nanozine 6

Este número foi dedicado ao Steampunk e contou com vários nomes sonantes da comunidade portuguesa, como é o caso de Anton Stark e Marcelina Leandro. A minha contribuição foi um pequeno conto "A Alergia".

Revista em PDF - Link do Goodreads

Nanozine 7

Este número foi lançado nos espírito Nanowrimo e contém trabalhos de vários géneros, escritos por Joel G. Gomes, Carlos Silva, entre outros. O meu conto "O Fruto Proibido" foi também publicado.

Revista em PDF - Link do Goodreads

Se quiserem saber mais sobre a Nanozine, podem consultar este link.

Para ler os números já lançados desta e-zine, cliquem aqui.

Para os escritores que seguem este blogue, para participar podem fazê-lo aqui.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Compilação de contos da Era Dourada



Uma guerra mundial pelos recursos energéticos mudou a face do planeta, levando a espécie humana perto da extinção. Cinco séculos depois, a revolução industrial acontece pela segunda vez, fazendo ressurgir os mesmos desafios.

Incluí os contos:
  • A Alvorada
  • A Escuridão
  • A Alergia
  • A Musa e o Monstro
  • O Fruto Proibido
 Podem encontrá-lo no Smashwords.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Thousand Suns

Comprei este livro numa loja de livros em segunda mão por uma pechincha. O nome era desconhecido, mas a capa convenceu-me a levá-lo para casa.


Autor: Alex Scarrow
Texto da contra-capa:  Off the coast of New England, a trawler tangles its nets on wreckage from sixty years ago - a B17 'flying fortess', perfectly preserved and containing the final and most terrifying secrec of WWII.

When freelance photographer Chris Roland enters the sunken plane, he finds something that changes everything he knows about the end of the war - and how desperately close it came to being the end of everything. Half a century earlier, Hitler gambled it all on a last throw of the dice. Now is seems that Chris is one of the very few to know about it - and this knowledge might just end up killing him.

A THOUSAND SUNS is an epic tale that moves from the present to the past as the most horrifying wartime revelations of all hangs in the balance.

Link do Goodreads


Esta história tinha tudo para ser excelente: um setting promissor, um tema que eu gosto e um estilo que prendia à leitura. O problema é que o final acabou por ser demasiado previsível, nalguns pontos tão previsível que já se sabia de antemão como uma das linhas da história iria terminar. Talvez se pudesse resolver o problema com uma estrutura diferente, talvez...

Fiquei muito desapontado! Esperava muito mais! Não recomendo este livro!

Classificação: 2 estrelas

domingo, 8 de setembro de 2013

Chá de Domingo #4: Livros por ler

O tema desta semana são os livros por ler. Este fim-de-semana começaram as minhas merecidas férias, e com elas o regresso a casa. Uma coisas que reparei é que a prateleira dos livros por ler tem ainda mais volumes do que no ano passado. Faça o que fizer, a única tendência é aumentar.


Sejam viciados na leitura ou não, todos temos livros por ler. Há várias razões que os fazem acumular a um ritmo mais rápido do que os conseguimos ler: encontramos livros que alguém deitou fora, quiseram oferecer-nos livros que já não queriam e nós aceitamos (como me aconteceu esta semana - ver foto abaixo), recebemos livros de presente ou simplesmente não conseguimos resistir na loja. Seja qual for a razão e paradoxalmente, quanto mais viciados somos, maior é a pilha de livros por ler.


Como é que nos podemos livrar desse problema? A solução mais fácil é não comprar mais livros até diminuir a pilha, se bem que para algumas pessoas isso é impossível de fazer. E sim, eu sou uma dessas pessoas. Outra solução é oferecer alguns desses livros: trazer um amigo lá a casa e mostrar a pilha e deixá-lo escolher. Algumas pessoas podem ser alérgicas a essa opção, mas tente ser racionais, se os livros estão na pilha, haverá de certo uma razão. Para facilitar o processo de separação, podem sempre escolher alguns que não querem dar, o que para algumas pessoas significa a pilha inteira. Eu tenho livros que me irão dar para os próximos 10 anos, por isso optei pela segunda alternativa várias vezes, fiz alguém feliz e ganhei algum espaço! Creio que os livros ficam muito melhor com o seu novo dono do que comigo.

Qual o tamanho da vossa pilha de livros por ler? Quais as razões que a levam a crescer? O que fazem para a diminuir?

sábado, 7 de setembro de 2013

O Sorriso aos Pés da Escada

Não conhecia o autor. O livro foi-me oferecido, por isso li sem preconceitos, o que acabou por se revelar muito positivo.

 

Autor: Henry Miller 
Texto da contra-capa:  Sermos nós próprios, unicamente nós próprios, é algo extraordinário. Mas como chegar a isso, como alcançá-lo? Ah!,eis o truque mais difícil de todos. Difícil, precisamente, porque não envolve qualquer esforço. (...)
E eis que de repente lhe surgiu a ideia - tão simples! - que ser um Zé-ninguém ou ser Alguém ou ser mesmo toda a gente não o impedia de ser ele próprio. Se era realmente um palhaço, então sê-lo-ia sempre e sempre, desde a hora madrugadora do levantar até ao momento nocturno de fechar os olhos.


É uma história sobre palhaços. Mais concretamente, sobre um palhaço: Augusto. O que é que os palhaços têm de interessante, podem perguntar vocês. Os palhaços fingem, encarnam o ridículo. Foi isso que Augusto sempre fez e foi isso que o levou a pensar sobre o problema de ser ele mesmo.

É um livrinho pequeno, que se lê todo de uma vez, mas que providencia tema de reflexão para várias semanas. Não recebeu as cinco estrelas devido ao estilo da escrita, porque se fosse só devido à mensagem, não teria havido dúvidas.

Recomenda-se para quem se interesse por levar este tipo de questões mais a fundo e que se sinta pronto a ser embalado numa alegoria poderosa.
 
Classificação: 4 estrelas

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Alterações no blogue: Setembro de 2013

Como já devem ter reparado, o blogue sofreu algumas alterações. A mais notória foi o Chá de Domingo, uma rubrica semana que sai todos os domingos em que se discutem temas literários diversos.

Mas não ficou por aqui, passou a haver críticas a livros às segundas-feiras e artigos de divulgação de projectos a que estou ligado às sextas. Às quartas continuaram a aparecer os meus textos e não aparecem também nos outros dias porque não produzo assim tantos. Como os livros que tenho aqui na pilha dos lidos teima em aumentar sem que eu me dê ao trabalho de fazer a crítica, irei começar a fazê-lo também aos sábados.

Assim sendo, deste blogue podem esperar:

  1. Domingo: Chá de Domingo
  2. Segunda-feira: Crítica a um livro
  3. Quarta-feira: Texto original
  4. Sexta-feira: Artigo de divulgação
  5. Sábado: Crítica a um livro
Espero que gostem deste novo formato. Caso queiram deixar sugestões, críticas e queixas, por favor usem os comentários.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Boas Festas vindas do céu

Dezembro de 2032

O bimotor atravessava os céus nocturnos à velocidade de cruzeiro. Aos comandos do arcaico bombardeiro, Rui não pôde evitar estremecer ao reconhecer a faixa escura no solo, a terra de ninguém. Deixara os limites do seu estado.
Com as tensões a escalarem de dia para dia, não era preciso ser filósofo para perceber que a paz não podia durar. Depois do grande conflito do início de século, Portugal ficara dividido em três. O Norte aliara-se à Galiza e o Sul declarara independência, instaurando um governo neocomunista. O governo de Lisboa recusava-se a aceitar a divisão. Para o piloto, este voo era apenas mais um passo no caminho do inevitável.
Duas centenas de bombardeiros e quase uma centena de caças atravessavam a escura imensidão. O tamanho da frota inspirava confiança aos soldados, tanta quanto um número poderia dar. A tonelagem de explosivos nos compartimentos de carga chegava para atear fogo a uma grande cidade. Mesmo que o pudessem fazer, ninguém ousou questionar as ordens recebidas. Era claro que as negociações tinham falhado.
A missão que lhes fora confiada pelo general era simples: bombardear o Porto até à submissão. Era o último dia do ano e era previsível que a maioria dos soldados estivesse embriagada. A correr como planeado, não encontrariam sequer uma defesa organizada.
Consultou as horas no relógio de pulso.
― Feliz ano novo ― murmurou, esperando sobreviver para os festejos.
Haviam passado cinco minutos em território inimigo. Era certo que os radares já os tinham detectado. Em menos de meia hora estariam sobre a capital inimiga. Estremeceu ao ter consciência que haviam atravessado o ponto sem retorno.
Ainda se lembrava do período antes da guerra, quando a Europa era una e a paz reinava. As cidades cresciam, cheias de vida e actividade. A crise económica estalara enquanto dormia no berço e Lisboa fora ocupada durante a sua adolescência. Na prepotência da juventude, atirara pedras aos tanques franceses. O colapso do petróleo terminou a guerra e com ela a ocupação. Quando atingiu a idade adulta quis ser piloto, na ilusão de proteger o país. E, nesse momento, preparava-se para largar sobre outros a miséria que tão bem conhecia.
De súbito, uma avalanche de mensagens em código jorrou dos auscultadores. O inimigo reagia. Apertou os comandos com força. Não valia a pena filosofar sobre as decisões políticas quando o mais importante era voltar vivo.
Os dois caças à esquerda ganharam altitude, desaparecendo acima das nuvens. Iriam iniciar o seu jogo de gato e rato, enquanto Rui seria o queijo. Desejou poder fazer o mesmo. Aquele avião era uma presa fácil tanto para as defesas antiaéreas como para as aeronaves inimigas, mais leves e velozes. Nem a metralhadoras instaladas nas asas o deixavam mais descansado. Nos céus a agilidade era tudo, justamente aquilo que não dispunha.
Os bombardeiros mais pequenos desceram em voo picado, alvejando as artilharias. Era um duelo de vida ou morte. Rui olhou em frente, concentrando-se apenas no alvo. Os elementos mais rápidos haviam já largado bombas incendiárias visíveis a vários quilómetros, marcando o alvo principal. Sabia que tanto podiam ser fábricas como uma zona residencial. Empurrou esses pensamentos para segundo plano, concentrando-se em alinhar a trajectória com as chamas. Não interessava qual o alvo, ou se atingiriam de todo, só queria largar a carga mortífera e dar meia volta.
De súbito, a asa do avião à sua direita irrompeu em chamas. Só então viu as balas tracejantes. Os caças apareceram de seguida, atacando a nave inimiga. As chamas alastravam-se pelo bombardeiro de Francisco. Um motor parou e a aeronave começou a perder altitude, arrastada pela imensa carga, numa luta inútil para se manter no ar. Relembrou a noitada que tinham tido duas semanas antes. O compartimento de carga a abriu-se, lançando as bombas aleatoriamente. O avião começou a rodopiar, envolto em fumo, desaparecendo de vista. Não voltaria a vê-lo.
― Graças a Deus que não fui eu ― pensou, rangendo os dentes.
Os caças dos defensores foram repelidos. Dos bombardeiros encarregados de destruir as defesas não havia qualquer sinal, nem dos aviões encarregados de os proteger.
À beira de um ataque de pânico, reduziu a velocidade e a altitude. Era o momento em que estaria mais vulnerável, apenas umas centenas de metros o separavam do solo. Se fosse dia poderia ver os edifícios e até os carros nas ruas como se uma miniatura se tratasse. Imaginou o enorme perfil do avião visto do solo, engolindo em seco. Alinhou-se com o bombardeiro que seguia à frente e que mal via. Desviou-se um pouco para a direita, de modo a evitar a turbulência. Se se aproximasse demais a força de suspensão iria terminar e o avião cairia.
As chamas aproximavam-se mais lentas do que gostaria. O alvo, tão perto e ao mesmo tempo tão longe. O suor escorreu-lhe da testa. Sentiu os joelhos a fraquejar. Bastava uma bala num dos motores ou no piloto para não voltar a casa. Os braços começaram a tremer sem que os conseguisse controlar. Não havia qualquer aliado à vista. Não sabia onde estavam as defesas antiaéreas. Um caça podia aproximar-se dele pelo ângulo cego.
A respirar com dificuldade, accionou as portas do compartimento de carga, libertando os explosivos. Um. Manteve-se direito, na direcção das chamas. Dois. Combateu a tentação de mudar de altitude ou direcção. Três. As bombas haviam sido largadas. Acelerou os motores ao máximo, apontando o nariz da nave para os céus.
O avião ganhou velocidade e altitude. Cada segundo parecia uma eternidade. O perfil prateado do aeronave podia ser vista do solo. Estava vulnerável e não havia nada que pudesse fazer contra isso.
Ao atravessar as nuvens, viu-se na companhia dos outros aviões. Deu-se ao luxo de olhar mais uma vez para o relógio, passava meia hora da meia-noite. Descreveu um arco, dando meia volta e seguindo os companheiros de volta a casa. Tentou não pensar nas consequências dos seus actos, desejando que a festa esperada valesse a pena.


Este conto foi originalmente publicado no blogue Fantasy & Co.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dead Poets Society


Autor: N. H. Kleinbaum
"Conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating, em uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais e conservadores. Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência. Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias."
Fonte: Wikipédia

Link do Goodreads

Acho que este livro dispensa apresentações: a maioria já viu o filme e se não viram, aconselho vivamente que o façam.

Para ser sincero, não costumo pegar em follow-ups de filmes e esta foi uma das raras excepções. Quando comecei a ler o livro, não sabia o que achar.

Acabei por me surpreender: a leitura é leve a agradável, acrescentando um sabor que faltou ao filme. Algumas cenas entendem-se melhor descritas. O autor não é um génio literário, mas esteve à altura da tarefa. Os sentimentos passam para o leitor e toda a história flui como no grande ecrã.

Classificação: 3 estrelas

domingo, 1 de setembro de 2013

Chá de Domingo #3: Sagas Inacabadas

Recebi pelos anos uma caixinha com os 5 primeiros livros do Jogos dos Tronos. Como há um hiato de vários anos entre cada livro, muitos dos fãs receiam que o autor, George RR Martin, possa falecer antes de terminar a saga, que se prevê ter sete livros. Assim, o tema deste Domingo são as sagas inacabadas.


A desculpa que tinha vindo a dar para não comprar a saga mais falada do momento foi precisamente estar inacabada. Vamos pegar num exemplo que me deixou de rastos: Duna. Comecei a ler e fiquei fascinado. O universo, a história, os temas captaram a minha atenção. Confesso que foram dos melhores livros que alguma vez li. Parei no Deus Imperador de Duna, o quarto livro, quando descobri que o final foi escrito pelo filho. Tenho os livros aqui em casa mas não tenho pica para os ler. Foi um dos maiores desapontamentos que recebi. Já tive oportunidade de ler um dos livros da pré-sequela e posso garantir que são bastante bons, quase tão bom como Frank Herbert. Esse quase faz toda a diferença. Tem tudo a ver com as expectativas e as minhas foram frustradas!

Eu tenho o hábito de comprar a colecção toda de uma vez: Os Jogos da Fome comprei só quando saiu o último e A trilogia do século de Ken Follet comprei só quando ele informou na página oficial que tinha terminado o último volume. Gosto de ler uma série toda de seguida! Gosto que tenha sido escrita pelo autor, do início ao fim! Se o escritor não quis ou não pode acabá-la, não me sinto na obrigação de ler!

O que é que acham das séries inacabadas? Qual a série inacabada que mais vos desapontou? O que acham dessas sagas serem completadas por outras pessoas? Acham que vale a pena completarem ou que é melhor deixarem como o autor a terminou?