quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ebooks: Cândida

Uma abordagem diferente a uma história de vampiros.


Autora: Inês Montenegro
Sinopse: A descoberta do ser em que a mulher se tornara fora apenas o começo do medo para Fausto. E, ainda que a sua própria vivência fosse um detalhe nos acontecimentos gerais, não havia maneira de se afastar do clamor de Cândida: tão aliciante quanto temeroso.


Gostei da ambientarão do livro: um cenário pós-apocalíptico conjugado com uma história de vampiros. O facto da autora se ter focado numa única personagem e de ter explorado bem a tensão e o conflito torna a história muito mais interessante. As descrições não se notam mas também não se dá pela falta. A trama mantém o leitor preso às páginas, crescendo a um ritmo constante. O único senão foi o ligeiro despejar de informação na primeira e segunda parte. Em suma, uma boa ideia executada de um modo competente.
Recomendo vivamente a quem quiser conhecer uma promissora autora portuguesa.

Classificação: 4 estrelas

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Ebooks: A Senhora dos Dragões - Inverno

Aqui está um conto 100% nacional para quem gosta de dragões.


Autora: Liliana Novais
Sinopse: Haviam passado semanas desde a última vez que conseguira caçar uma presa de grande porte. Teriam de caçar algo em breve, senão iriam morrer à fome.


A maior falha deste conto é o facto de ser apenas uma parte de algo maior e têm dificuldade em aguentar-se sozinho. A personagem principal está bem escolhida. Uma revisão cuidada ajudaria este texto a ficar melhor. 
Recomendo a quem quiser conhecer um pouco mais da obra desta autora.

Classificação: 2 estrelas

domingo, 28 de agosto de 2016

Chá de Domingo #89: O que é o Cyberpunk? - Parte 3/3

A primeira parte deste artigo falou sobre o origem do cyberpunk, a segunda sobre a sua definição.


Variantes do Cyberpunk
O biopunk é um sub-género do cyberpunk que se foca mais em tecnologia biológicas como por exemplo a modificação genética. Exemplos deste subgénero são Gattaca e Dark Angel. Podem ser considerados cyberpunk apesar de não terem um foco no ciberespaço nem aspectos cybernéticos, seguem a máxima high tech, low life. É apenas uma apresentação diferente das mesmas ideias.

O nanopunk é semelhante ao biopunk, embora se manifeste no uso de nanites e outras nanotecnologias. Ainda está na sua infância em relação às outras variantes. O género mostra uma grande preocupação com a vertente artística e psicológica. Generator Rex e Transcendence são exemplos de nanopunk.

O pós-cyberpunk é uma reacção moderna às visões e estilo antiquados dos anos 80. O pós-cyberpunk tem tendência a focar-se no transhumanismo, viagens espaciais tecnologias emergentes que não eram sequer imaginadas nos anos 80. Exemplos disso são Daemon, The Diamond Age e Holy Fire

Ser Cyberpunk
Um cyberpunk tem atitude. É uma atitude social e culturalmente consciente, tal como a ficção que lhes dá o nome. Questionam tudo e todos, decidindo por eles mesmos o que é verdade. Este caminho cria muitas perspectivas e opiniões sobre o mundo, mas a diversidade é a chave para uma população equilibrada. Um cyberpunk sabe que o sistema nunca está a teu favor e que há sempre quem te queira espezinhar. Um cyberpunk sabe como hacker um sistema, por isso não importa muito essa desigualdade. Não se metam com um cyberpunk.

Um cyberpunk tem estilo, embora este não seja homogéneo: pode ser prático (Mil-Tec) ou vistoso (Cybergoth). Os estilos variam bastante e reflectem uma interpretação pessoal. Há temas recorrentes como o punk tradicional, inspirados no Blade Runner, no Matrix e CPUs.

Quando é o Cyberpunk?
O Cyberpunk é agora. Muitas das coisas previstas pelo cyberpunk estão a tornar-se realidade hoje. Melhoramentos nas próteses e interfaces entre o cérebro e computador resultaram em próteses controladas por computador, uma das características base do cyberpunk. Cada vez mais as corporações dominam a política global e influenciam a cultura criando as condições propícias à subversão. Os pobres estão a ficar mais pobres e os ricos mais ricos, aumentando o hiato cada vez mais. O ciberespaço está a fundir-se com o mundo real: a Internet of Things, smathphones, social media, realidade virtual e realidade aumentada são exemplos disso. Hackers conseguiram dar lições de humildade a gangs, corporações, governos e outras pessoas. Bem-vindos à idade do cyberpunk.

O cyberpunk já se espalhou por todos os media, criando uma subcultura que transcende o simples género literário. Existem filmes, livros, séries televisivas, música, banda desenha e outras artes, um pouco por todo o lado. Só é preciso olhar. O cyberpunk influenciou a moda, filosofia e arquitectura. Tornou-se muito mais do que aquilo que era quando começou. E continuará a evoluir e a ficar mais relevante, à medida que transitamos de cyberpunk actual para o cyberpunk do futuro. 

O cyberpunk é agora por Khultar.

Artigo traduzido e adaptado a partir daqui.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Ebooks: História de um Mal

Todos os males tem uma história!


Autora: Inês Montenegro
Sinopse: Um bichanou a outro, que cochichou a outro, que segredou a outro. “Já sabes?” E um mal nasceu.


Gostei bastante da ideia do conto, embora não tenha gostado da execução. Não há ligação com a personagens, nem sequer com o protagonista. Não há grande desenvolvimento da trama e a autora acaba essencialmente contar sem mostrar. Necessitava de uma abordagem diferente.
Recomendo a quem se quiser inteirar com um conceito novo!

Classificação: 2 estrelas

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ebooks: Aos Teus Olhos

O último conto do Vitor Frazão no Fantasy & Co a ser lido por mim.



Autor: Vitor Frazão
Sinopse: Carvão alimenta o Império, mas nas ruas de Nova Opida o coração do povo é movido por outro combustível: ódio. Três anos volvidos desde o fim do sangrento e dispendioso conflito a população da Callacia continua incapaz de perdoar os derrotados. Entretanto a tensão acumula…


Creio que o maior problema da história é ter dois pontos de vista distintos. Tal não ajuda a quem se tenha empatia pelo protagonista. Aliás, quem é o protagonista? A resposta não é clara até meio do conto. Os infodumps foram controlados, embora ainda sobressaiam um pouco. As descrições estão bem conseguidas e a criação do mundo ficcional foi feita de um modo competente. A partir do meio a história consegue realmente prender o leitor. Em suma, um conto interessante que poderia ter uma mãozinha de um bom editor para ficar excelente.
Recomendo a quem quiser conhecer mais um pouco da obra deste escritor emergente.

Classificação: 3 estrelas

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Livros: Verum

Este é o último volume publicado da colecção, mal posso esperar para que haja mais.


Autor: Mário de Seabra Coelho
Sinopse: Nº 9 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta.


Este conto pega no mito do escolhido e dá-lhe uma volta completa. Para além disso, o ritmo da narrativa prende o leitor e o mundo criado foi apresentado num detalhe a que convém num conto. Pena não termos qualquer ligação à personagem principal.
Recomendo vivamente a quem quiser descobrir um bom autor nacional.

Classificação: 4 estrelas

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Livros: A Verdade

Esta colecção proporcionou-me, neste volume, mais uma oportunidade de conhecer outro escritor.


Autor: Sérgio Santos
Sinopse: Nº 8 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


O maior problema deste conto é contar muito mais do que mostra. A informação é simplesmente enunciada ao leitor num bloco de texto. Esses dois problemas, acabam por fazer por perder todo o impacto que poderia causar ao leitor. No entanto, estamos perante um autor que com a devida orientação poderá mostrar todo o seu potencial.
Recomendo a quem quiser conhecer mais autores iniciantes.

Classificação: 2 estrelas

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Livros: Danças

Nesta colecção nota-se uma clara tendência para o terror.


Autora: Júlia Pinheiro
Sinopse: Nº 7 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


Temos aqui outra ideia interessante que gostei bastante e que está bem explorada. No entanto, a execução não foi a melhor: o texto parece demasiado morto e não procura ligar-se ao autor.
Recomendo a quem quiser conhecer novos escritores.

Classificação: 3 estrelas


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Livros: Algures em 2045

Como é que será o mundo em 2045?


Autor: Fábio Carvalho
Sinopse: Nº 6 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta.


Há uma ideia interessante por detrás do conto, mas a execução não foi das melhores. Falta empatia com a personagem principal e a narrativa tem um tom muito morno. Teria sido interessante criar mais tensão.
Recomendo a quem quiser descobrir autores portugueses.

Classificação: 3 estrelas

domingo, 14 de agosto de 2016

Chá de Domingo #87: O Que é o Solarpunk? - Parte 1/2

Hoje vou falar-vos um pouco so Solarpunk.


A definição do wikipédia diz-nos que é um movimento de ficção especulativa eco-futurista. Assume um futuro em que escassez e a hierarquia são erradicadas e a humanidade é reintegrada com a natureza. Para além disso, toda a tecnologia é usada para efeitos ecológicos e humanos. O subgénero incluí a estética, arte e literatura. Surgiu após o ciberpunk em conjuntos com as suas variantes: biopunk e steampunk.

Significado do Nome
O prefixo solar surge a partir da ideia de energia verde, mais especificamente a solar, assim como fotossíntese, plantas e vegetação em geral. O prefixo é também um compromisso de uma utopia acessível e igualmente repartida por toda a humanidade, assim como todas as outras formas de vida, assim como a luz solar é para todos e não pode ser privatizada nem tornada numa mercadoria por corporações. O sufixo punk refere-se aos elementos de contra-cultura, uma revolta contra a estrutura contemporânea, governos corruptos e corporações que poluem e ignoram os problemas ambientais.


Origem
O solarpunk teve a sua origem na preocupação com problemas ambientais, nomeadamente o aquecimento global, estando fortemente ligado ao eco-activismo. Os temas recorrentes e que influenciam cada aspecto desta subcultura são sustentabilidade, energias renováveis, política verde e todas as que estão associadas a estes. Vai buscar inspiração a vários conceitos contemporâneos como cidades em transição, justiça climática e ecologia social assim como de campos mais alargados como resiliência e economia ecológica. Em termos políticos, inclina-se para uma esquerda anti-autoritária, nomeadamente para o anarquismo social: democracia directa, economia cooperativa, descentralização, oposição à hierarquia e união na diferença. Em termos económicos, descarta o capitalismo de mercado e socialismo estatal em favor duma economia comum descentralizada e equalitária. Baseando-se em empresas cooperativa geridas de modo democrático, gestão comum e local dos recursos, automatização do trabalho através de tecnologias ecológicas, percepção da economia como uma parte da ecologia, ajuste da produção com o consumo e a mudança do objectivo da economia do lucro e crescimento para um aumento do bem estar psicológico, biológico e social das pessoas e do planeta.

Esteticamente, tem grandes influências no design natural, faça você mesmo e fibras naturais. Em particular, há uma tendência para as linhas suaves e de inspiração natural da arte Nouveau. Também há inspirações Vitorianas e Eduardianas, Afrofuturismo e arte do médio oriente, em particular como moda. A maioria coloca o ênfase estético e arquitectural nas comunidades intencionais e na arte utilitária.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Livros: Deus à Presidência

E se Deus se tornasse presidente?


Autora: Aldenor Pimentel
Sinopse: Nº 5 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


Gostei da ideia, apesar de execução não ter sido a melhor. Atendendo ao formato, não creio que a autora pudesse ter transformado o contar em mostrar. Esta ideia merecia um conto mais elaborado.
Recomendo a quem quiser conhecer mais autores lusófonos.

Classificação: 3 estrelas

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Livros: De Onde Veio a Máscara?

Esta colecção trouxe um novo fôlego à ficção especulativa portuguesa.


Autor: Rui Bastos
Sinopse: Nº 4 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta.


Estou dividido em relação a este conto. A ideia é simples e tem bastante potencial, mas não me parece ter sido aproveitada da melhor maneira. Falta talvez empatia com a personagem principal ou algo que nos ligue a situação.
Recomendo a quem quiser conhecer um promissor escritor português.

Classificação: 3 estrelas

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Livros: A Criatura do Travesseiro

Não há duas sem três!


Autor: Duda Falcão
Sinopse: Nº 3 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


Apesar de o autor conseguir prender o leitor, falta criar empatia com as personagens. Seria uma óptima maneira de aumentar o efeito da narrativa.
Recomendo a quem quiser conhecer novos escritores.

Classificação: 3 estrelas

domingo, 7 de agosto de 2016

Chá de Domingo #86: Balanço do Camp Nanowrimo de Julho de 2016

O Camp Nanowrimo de Julho acabou há uma semana. Agora que as coisas acalmaram, é hora de fazer o balanço.


Desta feita, meti na cabeça terminar O Jarro de Porcelana, rever As Nuvens de Hamburgo e ainda escrever uns 7 contos. O primeiro dia foi passado a entrar e sair de aviões, conseguindo completar um conto. O segundo dia foi menos produtivo, mas fiquei no ponto exacto em que não há atraso nem adiantamento. No terceiro dia continuei a cumprir o plano, a faltar apenas 7 capítulos para terminar o Jarro de Porcelana. No dia seguinte decidi fazer uma pausa e começar a escrever um conto que previa ter três partes com mil palavras cada mas que acabou por ter cinco. O quinto dia foi dedicado ao Jarro de Porcelana, completando mais um capítulo, no dia seguinte repeti a proeza. O sétimo dia tornou-se no dia mais produtivo do desafio, com 1892 palavras: completei dois capítulos e terminei a segunda parte do conto. O oitavo ganhou o estatuto de menos produtivo com 83 palavras. No nono dia escrevi dois capítulos e comecei o último do livro. Para além disso, ultrapassou o sétimo dia em produtividade, com um total de 2059 palavras. Ao décimo dia terminei o primeiro rascunho do Jarro de Porcelana, cumprindo assim um dos objectivos traçados.


No décimo primeiro dia iniciei a reescrita das Nuvens de Hamburgo, tornando-o o dia mais produtivo com 2511 palavras. No dia seguinte terminei dois capítulos, ficando com um total de três. Embora tenha terminado outro capítulo, o décimo terceiro dia ficou marcado pela proposta de capa avançada pela minha esposa. O dia seguinte protagonizou a publicação mais acedida de todo o desafio e uma capa melhorada que podem ver abaixo. No décimo quinto dia terminei o sexto capítulo. Foi a primeira vez que cheguei a meio do desafio sem atrasos nem adiantamentos.


O décimo sexto dia da jornada passei-o a escrever o sétimo capítulo de raiz, ao contrário do que aconteceu com os anteriores. E passou mais um dia e escrevi mais um capítulo. O nono capítulo e a reviravolta foram atingidos do décimo oitavo dia. E outro dia, outro capítulo. Por motivos profissionais, o vigésimo dia foi muito menos produtivo.


O vigésimo primeiro dia trouxe ainda mais atraso. No dia seguinte, apesar de não ter escrito muito, terminei o capítulo 11 e a terceira parte do conto. O vigésimo terceiro dia tornou-se o dia com maior produtividade com 2567 palavras, com as duas partes que faltavam ao conto e ainda uma porção do capítulo 12. Três capítulos foi o que terminei a 24 de Julho. O vigésimo quinto roubou o título de dia mais produtivo com 2797 palavras, o completado do capítulo 15 e atingindo o Ponto sem Retorno. O Momento de Desespero chegou no vigésimo sexto dia com o décimo sexto capítulo. Apesar do cansaço: mais um dia e mais um capítulo. O vigésimo oitavo dia foi o dia oficial de carência. Ao invés continuar o 19º capítulo, passei grande parte do dia vinte e nove a escrever um artigo de não-ficção que sairá em breve numa pequena revista. Foi só no trigésimo dia que completei o décimo nono capítulo. O último capítulo das Nuvens de Hamburgo foi escrito no último dia do desafio.

O meu desempenho foi suficiente para conseguir o crachá de vencedor. O terminar do primeiro rascunho do Jarro de Porcelana e a reescrita das Nuvens de Hamburgo eram as minhas prioridades. Apenas não cumpri um dos três objectivos que tinha traçado: escrita de 7 contos - acabei por me ficar pelos 2 e mais um artigo. Foi o Camp Nanowrimo mais regular de sempre! Podem ler o diário completo do desafio aqui. Cá vos espero em Novembro!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Livros: Uma Última Volta

Segundo volume? E vai mais uma voltinha!


Autora: Ana Luz
Sinopse: Nº 2 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


Apesar de um conto simples, tive dificuldade em perceber o final, quem nem com a segunda leitura ficaram esclarecidas. As descrições estão bem conseguidas e foi relativamente fácil de criar empatia com a personagem principal.
Recomendo, é uma excelente oportunidade de conhecer novos escritores!

Classificação: 3 estrelas

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Livros: O Duende Delegado

A curiosidade em ler os contos desta colecção foi finalmente satisfeita.


Autor: Luis Melo
Sinopse: Nº 1 da "Colecção Barbante" pela Imaginauta


O estilo com que a história é contada não favorece à proximidade do leitor com o protagonista, no entanto não vejo outra maneira de explorar esta ideia neste formato. Recomendo, é uma excelente oportunidade de conhecer novos escritores!

Classificação: 3 estrelas

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Livros: The Girl in the Spider's Web

O mais difícil na leitura deste livro foram as constantes comparações com os da trilogia original.


Autores: David Lagercrantz, baseado no trabalho de Stieg Larsson.
Sinopse: She is the girl with the dragon tattoo—a genius hacker and uncompromising misfit. He is a crusading journalist whose championing of the truth often brings him to the brink of prosecution.
Late one night, Blomkvist receives a phone call from a source claiming to have information vital to the United States. The source has been in contact with a young female superhacker—a hacker resembling someone Blomkvist knows all too well. The implications are staggering. Blomkvist, in desperate need of a scoop for Millennium, turns to Salander for help. She, as usual, has her own agenda. The secret they are both chasing is at the center of a tangled web of spies, cybercriminals, and governments around the world, and someone is prepared to kill to protect it . . .
The duo who captivated millions of readers in The Girl with the Dragon Tattoo, The Girl Who Played with Fire, and The Girl Who Kicked the Hornet’s Nest join forces again in this adrenaline-charged, uniquely of-the-moment thriller.


Devo confessar que estava curioso para ver como seria a continuação da trilogia.  O mais frequente nestes casos, é a comparação com o autor original, o que procurei evitar, embora tenha tido apenas um sucesso parcial. O estilo de escrita é bastante diferente e devo reconhecer que Langercrantz é bastante mais económico com as palavras que Larsson. Creio que é uma mais valia. Os blocos de texto gigantes com as descrições do que Blomkvist come e por onde passeia tornavam-se um pouco saturantes na trilogia original. Do mesmo modo, o tema central não é tão forte como poderia esperar: o hacking de um servidor nos EUA e a morte de um cientista não se compraram ao desaparecimento de uma jovem e de um assassino em série de mulheres. Estas duas características tornavam os livros anteriores originais, embora a segunda me pareça ter mais impacto que o estilo prolixo. As personagens estão fieis embora pareça que não houve qualquer esforço para as aprofundar mais. A trama vai crescendo e embora comece num ritmo extremamente lento, acaba por prender o leitor: não é muito diferente do estilo de Larsson. Parece haver mais descrições de locais e de acções do que dos estados de espírito das personagens. Em suma, é uma leitura agradável que poderá ser prejudicada pelas expectativas.
Recomendo a todos os fãs de um romance policial e/ou da série original.

Classificação: 4 estrelas