sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Livros: A Hat Full of Sky

Um autor que me consegue sempre surpreender.


Autor: Terry Pratchett
Sinopse: Tiffany Aching, a hag from a long line of hags, is trying out her witchy talents again as she is plunged into yet another adventure when she leaves home and is apprenticed to a real witch. This time, will the thieving, fighting and drinking skills of the Nac Mac Feegle the Wee Free Men be of use, or must Tiffany rely on her own abilities?
This is the third novel in the junior Discworld series that started with the enormously popular tale:The Amazing Maurice and His Educated Rodents.



Em certos livros, vejo-me na obrigação de fazer uma crítica que esteja a par com a qualidade do livro. Este é um dos casos. Até agora, o único arrependimento que tenho em relação ao Terry Pratchett é não ter começado a ler os livros dele mais cedo.
Passando à crítica propriamente dita, tendo em conta que este livro foi escrito para um público mais juvenil, a personagem principal está muito bem construída. As personagens que a rodeiam, apesar de ocupar os lugares arquétipos normais,de algum modo acabam por subverter esse papel. Um bom exemplo disso são os Wee Free Men, as fadas que de fada não tem nada. A trama avança a um bom ritmo e com um humor contagiante e inteligente, como o autor nos habituou. Há voltas e reviravoltas, todas acessíveis ao público alvo. Para além disso, está escrito de tal maneira que agrada também a leitores mais crescidos.
Recomendo vivamente a todas as idades!

Classificação: 5 estrelas

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Balanço dos passatempos - Fevereiro 2014

Como devem ter reparado, foram lançados vários passatempos em que o prémio era uma exemplar autografado do "Caderno Vermelho".


Aqui no blogue, ofereci um exemplar entre os dias 2 a 23 de Janeiro. Podem saber mais aqui. O vencendo foi o Alípio Vieira Firmino de Gondomar, que já recebeu o seu exemplar.
No blogue FLAMES MR, também foi oferecido um exemplar entre os dias 10 e 24 de Janeiro. Podem saber mais aqui. O vencedor foi o André silva que também já recebeu a sua cópia autografada.
Para quem participou nestes dois passatempos e não ganhou, ou até se esqueceu de todo de participar, podem ainda habilitar-se a ganhar o último exemplar a ser sorteado no blogue Bloguinhas Paradise. Saibam mais aqui. Despachem-se, o passatempo termina já dia 8 de Fevereiro!

Fiquem atentos, em breve haverá outros passatempos!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Livros: Samurai

Às vezes acontece-me comprar livros por impulso. Este foi um desses casos.


Autor: Bernard Marillier
Sinopse: O Japão é o único país que conheceu uma tradição guerreira, viva e rica, ininterrupta desde o século XI ao terceiro quartel do século XIX. esta tradição centrou-se numa personagem fascinante, impregnada de uma lealdade sem quebra, de um agudo sentido da honra e de um desprezo total pela morte (de resto elevada ao nível de obra de arte, nomeadamente pela prática do seppuku), sempre pronto a sacrificar-se pelo seu senhor ou para permanecer fiel a si próprio. Trata-se do samurai, figura marcial bastante comparável, quanto ao seu modo de ser, ao cavaleiro medieval europeu. A sua epopeia marcou profundamente a mentalidade dos Japoneses, que a perpetuaram pela literatura, o teatro clássico e o cinema.
Simultaneamente guerreiro e esteta, amando a vida e a morte com amor igual mas escolhendo esta sem hesitar mal a ocasião se apresentasse, como lhe recomendava o Haggakure, e submetido, mais do que ninguém, a um severo código ético (o bushidô), o samurai foi também, esquecemos-lo demasiadas vezes, o guardião de uma «pax japonica» sempre frágil e uma administrador eficaz.
Este «B.A.-Ba do Samurai» propõe ao leitor uma primeira abordagem que lhe permitirá abranger, num só livro, todas as facetas deste arquétipo do guerreiro tradicional, único na História, de comportamento e psicologia muitas vezes incompreensíveis para a mentalidade do Ocidente moderno, que nele não vê mais do que fanatismo e fatalismo, bem como, de um modo mais geral, todos os aspectos da arte guerreira do Japão tradicional, universo inseparável do samurai.
No final da obra, o leitor encontrará um certo número de documentos susceptíveis de o interessar, nomeadamente uma útil cronologia, a história e extractos do Haggakure e, numa nota adicional, um curto texto relativo ao primeiro dos escritores japoneses e último samurai que o Japão conheceu: Yukio Mishima.


O que salvou este livro foi o facto de o tema ser interessante e o autor ser preciso, sem ser demasiado extensivo ao ponto de se tornar maçador. É um livro adequado a quem quer ter um primeiro contacto com a cultura samurai. Contem algumas imagens representativas, se bem que a maioria delas não acrescentam muito ao texto. As anexos acrescentam valor ao livro. O maior problema deste livro é a fraca revisão a que foi sujeito: há erros ortográficos, a começar logo na contra-capa. Outro problema são os conceitos e palavras que não foram definidas antes não terem uma nota de rodapé.
Apesar disso, recomendo a quem quiser ter o primeiro contacto com os míticos guerreiros japoneses.

Classificação: 3 estrelas



domingo, 25 de janeiro de 2015

Chá de Domingo #27: Livros emprestados

Quem é que sofre com o empréstimo de livros?


Por fim, decidi deixar de usar esta rubrica para falar sobre mim mesmo e abordar outros assuntos de um interesse mais geral. A ideia para esta publicação deve-se ao conteúdo deste link.
Quem gosta de livros e literatura acaba por construir uma colecção, mais ou menos extensa das obras que mais gosta. Apesar do advento do ebook, muitas dessas colecções ainda são físicas.Uma prateleira com muitos livros, na maior parte das vezes vezes organizados é algo que inspira cobiça e mais tarde ou mais cedo alguém acaba por pedir um emprestado. O problema é que nem sempre devolvem o livro num prazo útil ou no mesmo estado. Eu fico bastante chateado quando isso acontece e nunca mais empresto nada a essa pessoa. Amigos, amigos, livros à parte!
Achei por bem ver se partilhavam da minha opinião, por isso perguntei a alguns bloguers: Como que é lidam com a situação de emprestarem um livro e ele não vos é devolvido no mesmo estado ou não é devolvido de todo?

"Só empresto livros a pessoas em quem confio e que tratam os livros como bebés tal como eu. Se demorarem mais de um ano a devolver chateio-os até à morte."
- Alexandra Rolo, Folha em Branco

"Fico chateada mas passa-me logo porque acho que não vale a pena ficar chateada por coisas materiais. Mas de certo que não volto a emprestar a essa pessoa."
- Roberta Frontini, FLAMES MR

"Fico triste e penso muito bem antes de emprestar de novo."
- Carlos Silva, Abracadabra

"Por norma estas situações não me acontecem, mas no caso de o livro vir danificado penso que tentaria ser compreensivo com a pessoa pois acontece (por norma empresto a pessoas amigas), no caso de não ser devolvido e goste muito do livro fico triste, tenho uma situação de ter um livro da Juliet Marillier da trilogia Sevenwaters assinado pela própria e duvido que venha a voltar a ver o livro. Mas como disse felizmente não tenho muitas situações dessas."

"Isso nunca me aconteceu, normalmente a quem empresto sabe o gosto que tenho pelos livros. Mas acho que ficava muito triste."
-Rosana Maia, Bloguinhas Paradise

 E vocês, como reagiriam a esta situação?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Livros: Todos os Nomes

Para quem gosta de reflectir, este é um bom livro.
Autor: José Saramago
Sinopse: O protagonista é um homem de meia idade, funcionário inferior do Arquivo do Registo Civil. Este funcionário cultiva a pequena mania de coleccionar notícias de jornais e revistas sobre gente célebre. Um dia reconhece a falta, nas suas colecções, de informações exactas sobre o nascimento (data, naturalidade, nome dos pais, etc.) dessas pessoas. Dedica-se portanto a copiar os respectivos dados das fichas que se encontram no arquivo. Casualmente, a ficha de uma pessoa comum (uma mulher) mistura-se com outras que estás copiando. O súbito contraste entre o que é conhecido e o que é desconhecido faz surgir nele a necessidade de conhecer a vida dessa mulher. Começa assim uma busca, a procura do outro.


Mesmo deixando de parte as particularidades da escrita de Saramago, este livro não é fácil de ler. O autor tem o dom de nos deixar a pensar enquanto conduz a história com mestria e, sem repararmos estamos colados às páginas.
Como sempre a história começa de um modo inofensivo, um homem de meia idade que colecciona notícias sobre gente célebre até ao dia em que decide invadir o Registo Civil, onde é funcionário, para recolher informações exactas sobre essas pessoas. É nesse roubo que encontra o registo de uma mulher, a qual se torna a sua obsessão.
Já me habituei à maneira como Saramago escreve, tanto às suas longas frases, como aos diálogos em narração e até às digressões e listas exaustivas que ele tanto gosta. A personagem inspira a nossa simpatia e o mistério que se gera em trono da mulher desconhecida é um bom meio de manter o interesse. O tema não é tão relevante como outros livros. Por isso, se o compararmos a outras obras do mesmo autor poderemos ficar desapontados. Foi isso que me aconteceu
Em todo o caso, recomendo a todos os que gostem de Saramago ou de pensar sobre quem na verdade somos.

Classificação: 4 estrelas

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Livros: Night Train to Lisbon

Já andava de olho neste livro até que o meu antigo patrão mo ofereceu.


Autor: Pascal Mercier
Sinopse: A huge international best seller, this ambitious novel plumbs the depths of our shared humanity to offer up a breathtaking insight into life, love, and literature itself. A major hit in Germany that went on to become one of Europe’s biggest literary blockbusters in the last five years, Night Train to Lisbon is an astonishing novel, a compelling exploration of consciousness, The possibility of truly understanding another person, and the ability of language to define our very selves. Raimund Gregorius is a Latin teacher at a Swiss college who one day—after a chance encounter with a mysterious Portuguese woman—abandons his old life to start a new one. He takes the night train to Lisbon and carries with him a book by Amadeu de Prado, a (fictional) Portuguese doctor and essayist whose writings explore the ideas of loneliness, mortality, death, friendship, love, and loyalty. Gregorius becomes obsessed by what he reads and restlessly struggles to comprehend the life of the author. His investigations lead him all over the city of Lisbon, as he speaks to those who were entangled in Prado’s life. Gradually, the picture of an extraordinary man emerges—a doctor and poet who rebelled against Salazar’s dictatorship.


Posso dizer que a escrita deste autor me deixou viciado. O tema abordado ajudou imenso o que não não quisesse pousar o livro por um instante. É sempre interessante ver Portugal pelos olhos de um estrangeiro, ainda mais quando a história e o mistério que rodeia Amadeu de Prado é um condutor excelente de página para página.
É fácil criar empatia com a personagem principal, assim com Adriana e João Eça. Todos tem uma personalidade vincada e uma profundidade humana que me fará relembrá-los por muito tempo. Os dilemas que enfrentam são os mesmos que muitas vezes nós próprios enfrentamos. As revelações sucedem-se criando tensão. Os cenários são descritos de um modo que seja fácil de imaginar, não só como seria andar por lá, como imaginamos as personagens viverem os seus dramas como se fossemos nós próprios.
Recomendo vivamente a todos!

Classificação: 5 estrelas

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Uma Noite Fria

O comboio parou na estação anterior àquela em que Marta costumava sair.
Diese Zug endet hier, bitte alle aussteigen! – Informaram pelos altifalantes.
Ficou de olhar fixo na direcção do som, esperando compreender o que tinha sido dito. As pessoas começaram a sair. Hesitou, mas a possibilidade de ficar sozinha acabou por ditar que as seguisse. Assim que os pés entraram em contacto com a plataforma isolada, em metal pintado de vermelho, viu no painel que o comboio iria voltar para trás.
Foi então que se lembrou que algo havia sido anunciado. Soprou com força o ar que tinha nos pulmões. Não entendia quase nada do que ouvia. Durante todo o dia era confrontada com o alemão. Ninguém falava inglês. Talvez não soubessem, talvez não quisessem. Apesar de estar a aprender, pouco mais captava que as gravações automáticas dos transportes públicos. Prestar atenção às palavras estranhas deixava-a com dores de cabeça e ignorar era tão mais fácil.
Ouviu os motores de um avião ali perto. Olhou para o céu e o som desapareceu tão rápido como tinha aparecido.
Reteve a respiração e o coração falhou uma batida. Tinham passado poucos dias desde que tivera aquela visão no largo em frente a casa. Esfregou os olhos. As pernas tremiam-lhe. Sentiu os joelhos enfraquecer.
– Malditos alemães! – Murmurou, cambaleando até se sentar num banco.
Odiava quase tanto a frieza dos povos germânicos como duvidar da sua própria sanidade. O comboio começou a movimentar-se no sentido de onde tinha vindo.
As forças regressaram-lhe. Levantou-se e desceu as escadas, saindo da estação, que ficava uns dois andares acima do nível do solo. A linha passava por cima da estrutura de betão que cobria o pequeno largo. Uma pequena multidão concentrava-se ali, esperando não se sabe bem pelo quê. Vagueou, esperando encontrar alguém que falasse uma língua que Marta compreendesse.


– Não sei, o Rui saiu meia hora antes de mim – explicou um trintão de boné na cabeça.
– Eles só fecharam às sete. A esta hora já deve estar em casa... – acrescentou uma mulher baixa e forte.
Receosa, aproximou-se do trio, deliciada por ouvir a língua materna ao vivo. Quando se deu conta, os olhares dos três estavam fixos nela, apercebendo-se que estava a fazer figura de parva.
– Boa noite, desculpem, podem-me dizer o que se passou com os comboios?
– Encontraram uma bomba e decidiram cortar o tráfego perto da ponte – respondeu o mais velho, que cultivava um bigode.
Marta franziu o sobrolho. Seria possível que esta loucura do terrorismo tivesse também chegado à Alemanha?
– E como é que posso ir para Veddel?
– Ui, só lá vais de táxi! – sugeriu o de boné.
Marta sabia que não tinha dinheiro para isso. Não contava ter de passar tanto tempo ao ar livre e as mãos começavam a gelar-lhe.
– E a pé?
– A pé não vais lá não!
– Ah! – exclamou, ficando de súbito interessada nas suas sapatilhas. – Obrigado, então... e boa noite.
Virou costas aos imigrantes, decidida a voltar para a plataforma e resguardar-se do vento frio.
A sirene fez-se ouvir. Um holofote varreu os céus.
Piscou os olhos. Nada, nem holofotes nem sirene. Tudo tinha voltado ao normal. Sentia-se ofegante. Da outra vez também tivera dois avisos antes de ser enviada, ou achar que o fora, para o passado.
Colapsou nos degraus da escada, com uma lágrima a nascer no canto do olho. Enterrou a cara nas mãos e nem assim o tremor no braço diminuiu. Tudo lhe parecera tão real. Sentia a sanidade escapar-lhe por entre os dedos.
O som de travagem de um autocarro fê-la levantar a cabeça. Tarde demais, as pessoas que se acumulavam à porta nunca conseguiriam entrar. Levantou-se, irritada por ter perdido a oportunidade de sair dali. Limpou as bochechas, ainda mais aborrecida por ninguém lhe ter perguntado se estava bem. A típica afabilidade alemã.
Depois de muita confusão, num estilo nada alemão, o autocarro partiu e uma pequena multidão continuava ali. Caminhou entre eles, reconhecendo as várias línguas que ali falavam. Espanhol. Italiano. Inglês. Harburg parecia ser o lugar dos imigrantes. Achegou-se à frente, disposta a não deixar escapar a próxima oportunidade de sair dali.
O frio era o mesmo e a escuridão muito mais densa. Um edifício do outro lado da rua estava bastante danificado. A multidão e a ponte haviam desaparecido. Um holofote varria os céus. O som dos motores zumbia por cima da sua cabeça. Olhou para o firmamento sem conseguir encontrar a fonte do ruído que parecia vir de todos os lados. Não se via vivalma na rua.
Ouviu um estrondo e depois outro. Haviam sido ali perto. Não percebeu se eram bombas a rebentar ou disparos das anti-aéreas que havia visto dois dias atrás num museu. O negrume oprimia-lhe os sentidos. A pouco mais de meia centena de metros, viu um par de sombras. Quando uma parca luz incidiu sobre eles, percebeu que eram soldados.
– Merda! – articulou, ao perceber o sarilho em que estava metida.
Tentou prever o que aconteceria quando eles a interpelassem e, tendo em conta a época em que viera parar, nenhuma das possibilidades lhe parecia promissora. O coração dava pulos no peito. Para piorar, deduziu que só falariam alemão. Susteve a respiração. Tudo se resumia a uma questão: ficar ou fugir?
As duas figuras avançaram em passo rápido. Marta, num arranque súbito, atravessou a estrada esburacada. Os militares gritaram qualquer coisa. Esperou ouvir disparos a qualquer momento. No instante seguinte, foi projectada para a frente. Tropeçara em algo. A queda pareceu-lhe durar uma eternidade. Não ia conseguir fugir. Fechou os olhos.
Os braços ampararam-lhe a queda. Uma buzina fez-se ouvir com intensidade. Sentiu uma dor aguda no cotovelo. Descerrou as pálpebras. Estava deitada no passeio do lado oposto da estrada. As pessoas e os carros haviam voltado. Deixou-se ficar no chão. Ninguém se preocupou em ajudá-la.
Estava a ficar maluca. O que acabara de acontecer era prova disso. A consciência da situação roubou o que lhe restava da vontade de se erguer. Autorizou lágrimas a percorrerem-lhe as bochechas. O frio do pavimento entranhou-se na roupa. Começou a tremer.
Pareceu-lhe real. Tal como da outra vez.
Levantou-se num ápice, atraindo as atenções de quem a rodeava, determinada a não se deixar vencer por um par de alucinações. Maluca ou não, a vida haveria de continuar.
A linha não tardou a ser restabelecida, num convite de regresso à sua rotina.



Imagem: "Hh-hammerbrook-bf-bahnsteig" by Staro1 at the German language Wikipedia. Licensed under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons - http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hh-hammerbrook-bf-bahnsteig.jpg#mediaviewer/File:Hh-hammerbrook-bf-bahnsteig.jpg

domingo, 18 de janeiro de 2015

Chá de Domingo #26: Uma Semana Memorável!

Te a dizer que esta semana foi memorável para mim em termos literários! E tenho também a dizer que o Chá de Domingo de hoje vai ser só sobre isso!


Não, não é uma cover nova, limitei-me a usar a antiga para variar!
Vamos começar com o mais importante: gostavam de ganhar um exemplar do Caderno Vermelho? Podia dizer que têm uma hipótese, mas não é verdade, porque têm três hipóteses! De momento estão a decorrer três passatempos em que o prémio é um exemplar do meu primeiro livro nestes blogues:
Aproveitem! A edição está esgotada e estes são os últimos que havia cá em casa! Todos eles vão autografados! Boa sorte!
O que contribuiu, em muito, para a minha felicidade literária foi o facto de ter tido um fim-de-semana dedicado a mim num blogue. A experiência é nova e ainda me estou a habituar. Para quem se interessar, há uma entrevista a mim, um passatempo, duas opiniões e três excertos do Caderno Vermelho:
A entrevista publicada neste fim-de-semana foi aquele que eu disse que tinha enviado há dias aqui. A que esteva a responder já foi enviada, mas não posso dizer para onde. Entretanto, hoje já me convidaram para mais duas entrevistas. Sim, estou aqui aos saltinhos de alegria! Nunca tal me tinha acontecido!
Recebi já dos meus leitores beta opiniões suficientes para tratar da revisão das Nuvens de Hamburgo. Espero terminar a revisão em breve! A minha página de escritor ainda não chegou aos 400 gostos mas está a caminho (faltam uns 7 ou isso).

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Livros: The Evolution Man

Terry Pratchett diz que este livro é difícil de categorizar, e eu concordo com ele.


Autor: Roy Lewis
Sinopse: Few will deny that Ernest the Ape-man has substantially added to our knowledge of prehistory by these memoirs of the life and times of his father, who gave evolution the kind of sudden push from which it has never regained its balance.


Não prejudica mais um livro do que não ter uma categoria, disse Terry Pratchett, um afirmação que subscrevo na totalidade. Este livro é quase impossível de classificar, acabando por ser colocado junto com os de ficção cientifica, podendo também ser colocado com os de humor ou com quaisquer outros. Esse é talvez a razão pela qual não é tão conhecido.
A escrita é simples e permite-nos ter uma perspectiva analítica e humorística dos homens-macaco da idade da pedra. A história não tem grande floreios e o tom adequa-se sem falhas. É fácil gostar da personagem que narra assim como a principal, o seu pai, que quer a todo o custo evoluir. A narrativa progride a uma bom ritmo, não parando de nos surpreender ao virar de cada página. É um mimo para quem gosta de antropologia!
Recomendo vivamente a todos!

Classificação: 5 estrelas

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Livros: Principia Discordia

Aqui está um livro interessante que foi também um marco cultural nos anos 60 e 70.



Autores: Gregory Hill e Kerry Thornley
Sinopse: "Principia Discordia" is a sacred text of the Discordian religion written by Greg Hill (Malaclypse The Younger) and Kerry Thornley (Omar Khayyam Ravenhurst). It was originally published under the title "Principia Discordia or How The west Was Lost" in a limited edition of 5 copies in 1965.
The Principia describes the Discordian Society and its Goddess Eris, as well as the basics of the POEE denomination of Discordianism. It features typewritten and handwritten text intermixed with clip art, stamps, and seals appropriated from other sources, possibly in violation of copyright laws.


Primeiro fiquei surpreso, na página seguinte fiquei ainda mais. E, quanto mais lia, mais surpreendido fiquei. De previsível este livro não tem nada. Também não esperem organização, visto que irão ficar desapontados. O humor com que foi feito é no mínimo genial. Não houve preocupação do autor quanto à linguagem, muito pelo contrário. Apesar das aparentes contradições e da muito confusão que o livro nos mostra, este está assente numa base sólida de sarcasmo em relação às religiões estabelecidas. O único ponto negativo tem a ver com esta edição, já que não reproduz os recortes e imagens da edição original.
Recomendo a quem gostar de manifestos culturais irreverentes.

Classificação: 4 estrelas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Jogador

Jorge rasgou um pedaço da folha mais próxima e escreveu nela dois pares de coordenadas, as horas e as frotas a enviar. Apressou-se a desligar o computador, já passava das onze e vinte e as pálpebras pesavam-lhe toneladas. Um olhar para os apontamentos relembrou-o que deveria ter passado o dia a estudar para os exames do fim de semestre.


Arrastou-se até ao quarto e deixou-se cair na cama. Pousou o papel na cómoda. Sem vontade para se levantar, meteu as instruções da noite anterior dentro do livro mais próximo. Programou o despertador do telemóvel para as duas menos um quarto, a altura em que queria enviar a primeira frota. Puxou os volumosos cobertores para cima de si e apagou a luz.
De olhos fechados e confortável, fez o balanço do dia. Duas defesas e uma captura de frota valeram-lhe nove lugares, colocando-o nos cinquenta melhores. Sorriu, feliz com o progresso. A sua aliança iria vencer!
O som do despertador fê-lo emergir do vazio. Estendeu o braço, atravessando o ar gelado, e puxou o telemóvel para dentro dos cobertores. Iniciou o navegador e ligou-se à sua conta. Outra incursão pelo frio siberiano do quarto trouxe-lhe o papel com as coordenadas. Deu a ordem de lançamento. Estendeu o braço do outro lado e ligou o aquecedor. Programou o despertador para dali a cinquenta minutos. Antes de devolver o telemóvel à cómoda e fechar os olhos, confirmou que ninguém o atacava.
Ouviu o despertador no seu sonho vago. Pegou no telemóvel e lançou a segunda frota. Atirou o telemóvel para a cómoda. Hesitou, com a mão ainda fora dos cobertores, agarrando-o de seguida para meter o despertador a tocar a um quarto para as seis.
O barulho irritante do despertador fez-se ouvir mais uma vez. Pegou no aparelho. Passava pouco das duas e meia da manhã. Era capaz de jurar que já tinha lançado a segunda frota pouco antes das três. Ao ligar-se ao jogo foi recebido por uma mensagem em enormes letras vermelhas, informando-o que estava sob ataque de dois milhões de naves. Pelos números deduziu que seriam caças e que não valia a pena reagir, provavelmente seria um falso ataque. Fechou os olhos, esperando não adormecer até ser hora de lançar a frota.
O despertador arrancou-o da escuridão. Faltavam cinco minutos para as duas e vinte. O número de naves atacantes subira para os quinze milhões. Ligou a luz e levantou-se, aborrecido por ter que ligar o computador. Ao olhar pela janela, surpreendeu-se por não ver luzes no exterior. Do outro lado havia apenas uma escuridão sólida. Abriu a porta do quarto e deparou-se com um vazio escuro. Percebeu que estava a sonhar, decidindo saltar para o infinito de negrume.
O tom do despertador e a escuridão rodeavam-no. Não caía, flutuava. Uma sensação de dormência e calor invadiu-o. O som ecoava-lhe nos ouvidos. Quis acordar, mas cada vez que abria os olhos o mesmo vazio o rodeava.
Silêncio.
Voltou ao quarto. O despertador tocou mais uma vez. Agarrou no telemóvel e desactivou o toque. O seu corpo repousava com uma calma espectral. A palidez aflorava-lhe as faces. Não respirava. Percebeu então que a culpa era do aquecedor defeituoso. Um traço de sorriso aflorava-lhe nos lábios.
Esperava sentir tristeza ou medo do que viria a seguir. Para além de uma urgência em sair dali, não sentia nada. Uma força irresistível atraía-o para a janela. Aproximou-se dela e abriu-a, içando-se para o parapeito. Lá fora a imensa escuridão reinava. Deitou um último olhar ao corpo que jazia naquela cama antes de se lançar para o vazio. Era hora de partir em direcção às estrelas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Chá de Domingo #25: Novidades e tal e coiso!

Bem, vou usar este espacinho para algumas novidades! (E também para muita auto-promoção).


Lembram-se que estou a oferecer um exemplar do meu livro "Caderno Vermelho"? Podem saber tudo aqui. A parte surpreendente é que esse posto tornou-se um dos três mais lidos de sempre do meu blogue. Só ultrapassando este e este. O blogue FLAMES está também a sortear um exemplar autografado deste livro aqui. Fico só com pena de não pode oferecer muitos mais exemplares, visto que o livro está virtualmente esgotado. No entanto, se houver interesse, poderei fazer uma segunda edição.
Recentemente publiquei no meu blogue três contos, que também foram agraciados com bastantes visualizações e até críticas:
O mais interessante é que os contos são de géneros e temáticas diferentes. De qualquer modo, todos os escritores gostam de saber que são lidos. Espero que tenham gostado, na próxima segunda vou publicar outro conto.
Estou a tratar da revisão de "As Nuvens de Hamburgo". Os leitores beta estão no processo de me entregar as suas críticas. A espera é o que me custa mais. Para além disso, respondi há dias a uma entrevista que irá sair algures... não vou revelar para não estragar a surpresa. Estou também a responder a outra, que vai sair noutro sítio. Basta ficarem atentos. Melhor, melhor era a minha página de facebook chegar aos 400 gostos.
E pronto, chega de auto-promoção!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Livros: The Subtle Knife (His Dark Materials #2)

O segundo livro da trilogia His Dark Materials não deixou nada a dever ao primeiro!



Autor: Philip Pullman
Sinopse: Will is twelve years old and he's just killed a man. Now he's on his own, on the run, determined to discover the truth about his father disappearance.
Then Will steps through a window in the air into another world, and finds himself with a companion - a strange, savage little girl called Lyra. Like Will, she has a mission which she intends to carry out at all costs.
But the world of Cittàgazze is a strange and unsettling place. Deadly, soul-eating Spectres stalk in its streets, while high above, the wingbeats of distant angels sound against the sky. And in the mysterious Torre degli Angeli lurks Cittàgazze's most important secret - an object which people from many worlds would kill to posses.


Apesar de pertencer à trilogia His Dark Materials, este livro inicia-se com uma personagem diferente e desconhecida: Will. Apesar disso, a história desenvolve-se de modo a ligar-se às aventuras de Lyra. O ambiente é o mesmo do livro anterior, com o bónus da história se passar noutros universos: para além do universo da Lyra, que já conhecíamos do primeiro livro, acrescenta-se o nosso e ainda outro completamente diferente.
Está magnificamente bem escrito e a trama está bem conseguida. As personagens tem muita profundidade psicológica, não somente as principais mas também as secundárias. O autor consegue pegar no tema de universos paralelos e dar-lhe uma nova cara, incluindo elementos de religião e ciência. A cada página, o leitor fica em suspenso em relação ao que poderá acontecer. O fluir da história não é de modo nenhum previsível. Nenhuma personagem está livre de morrer, nem nenhuma consequência é impossível de acontecer. Fez-me desejar pelo próximo livro da saga.
Em resumo: este livro fez-me ficar a gostar ainda mais da trilogia. Recomendo a todos os fãs de literatura fantástica, universos paralelos ou literatura juvenil.

Classificação: 5 estrelas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Livros: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

E aqui vamos para a primeira leitura de 2015!


Autor: James Rollins
Sinopse: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é a novelização do quarto filme da série Indiana Jones, escrito por James Rollins, um escritor com créditos mais do que firmados como autor de best-sellers internacionais.O livro conta a quarta aventura do famoso arqueólogo, mais velho e mais sábio do que nas anteriores, uma vez que a acção decorre em 1957, e opõe o Professor Jones a agentes a soldo da União Soviética, liderados pela bela e perigosa Spalko, — desempenhada no filme por Cate Blanchett — em busca da mítica caveira de cristal.



Creio que a personagem Indiana Jones dispensa qualquer tipo de apresentação. É provavelmente o arqueólogo e saqueador de túmulos mais conhecido, fazendo parte do imaginário colectivo de todos. Um ponto forte deste livro é que preserva as arestas vincadas deste herói, sendo fiel ao filme, apesar de incorporar algumas pequenas alterações no enredo. A escrita está longe do que se podia esperar de um autor que se diz conceituado. A aventura progride de uma forma interessante, se bem que lhe falta algo. há algumas cenas que eram de evitar do tão ridículas que são: o frigorífico e o Tarzan (se não sabem do que estou a falar tem de ver o filme, garanto que irão entender), Sem dúvida que a versão cinematográfica saiu muito melhor que livro.
Recomendo a quem gostar mesmo muito de Indiana Jones e não se preocupe com o conteúdo literário.

Classificação: 3 estrelas


PS: Parece que, segundo o Goodreads, estou um livro atrasado em relação à meta que defini para 2015.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Um Céu Nublado


A visão da suástica preta na enorme bandeira vermelha fez Marta estremecer. O coração da jovem falhou uma batida. Piscou os olhos.
Nada.
Não havia nenhuma bandeira. Do outro lado do largo existia apenas um enorme edifício de tijolo vermelho. Confusa, afastou-se da janela, virando-se para o quarto pintado de branco com soalho de madeira. Aproximou-se da mala, aberta no meio da divisão.



– Só pode ser cansaço – murmurou, agarrando nuns jeans.
Aterrara naquela manhã de Setembro em Hamburgo, ao abrigo do programa Erasmus. Licenciatura em História e perspectivas de emprego nulas. Não era de admirar que os pais se tivessem oposto à despesa de viver um ano na Alemanha.
Só pode ser do stress e do sono, concluiu, relembrando o ambiente de cortar à faca durante a despedida. Olhou para o portátil sobre a mesa. Estava excitada para contar aos colegas a aventura em que se metera. A dor de cabeça voltou e fê-la mudar de ideias. Atirou com os jeans para o armário e decidiu preparar o jantar.
Achtung! – Gritou uma voz masculina, vinda do exterior.
Espreitou de novo pela janela. O largo estava deserto. A respiração e a pulsação aceleraram.
Agarrou nas chaves da casa e saiu do quarto. Deteve-se a meio do corredor. Voltou para trás, agarrando num casaco de malha. As noites eram mais frias do que estava habituada em Portugal. Abandonou o apartamento, iniciando a penosa descida de quatro andares. Aqueles prédios já ali estavam desde os anos vinte. Nenhum deles tinha elevador.
Tomou nota mental para deixar de jogar Wolfenstein, reduzir na Internet e dormir mais uma hora cada noite. Uma nova cidade, uma nova vida. Uma boa altura para deixar os velhos vícios, constatou com um sorriso, galgando os degraus dois a dois.
Apesar de passar um pouco das nove da noite, a rua estava quase deserta. Contornou o prédio dirigindo-se ao largo.
Ao virar a esquina, voltou a ver a bandeira Nazi a dobrar. Duas enormes faixas vermelhas desciam do edifício de cinco andares. Meia dúzia de veículos em forma de cabeça de cachorro estavam estacionados no largo pavimentado. Calculou que tivessem pelo menos uns setenta anos.
Fechou os olhos e cerrou os punhos, tentando varrer a alucinação da cabeça. Quando os abriu, o vermelho berrante feriu-lhe os olhos. Questionou-se como seria possível, lembrando-se que tais símbolos eram proibidos.
A mão esquerda começou a tremer. Olhou em volta. Parecia que tinha recuado no tempo. Até as lâmpadas eram diferentes, só a noite nublada se mantinha.
Um jovem de uniforme preto, com uma metralhadora ao ombro e uma faixa vermelha no antebraço, patrulhava as imediações.
Quis afastar-se dali, mas os pés estava pregados ao chão. Esperou, como um rato espera que a cobra o devore, enquanto o soldado completava a ronda. Sem se conseguir mexer, susteve a respiração. Ele virou e os olhares cruzaram-se. O soldado arregalou os olhos e os dedos procuraram a coronha da arma. O coração de Marta quase lhe saltava do peito.
Fraulein, bitte…
Uma dose de adrenalina percorreu-lhe o corpo. Virou-se e começou a correr na direcção de onde viera. Ouviu o destrancar da patilha da arma.
A colisão deixou-a atordoada. Um telemóvel topo de gama caíra ao chão. Acabara de chocar com um homem de meia idade. Ainda no chão, levantou a cabeça e olhou para trás. Viu apenas um jardim vazio e escuro.
Sem se incomodar com o barafustar do homem, ficou a observar o largo, sem coragem para entrar nele. Esperou até não aguentar mais o frio. Nada mudou.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Chá de Domingo #19: As postagens perdidas

Esta postagem deveria ter sido publicada há mais de um ano!


O Chá de Domingo #19 deveria ter saído no dia 22 de Dezembro de 2013. Eu criei o rascunho e dei-lhe um número e uma data, mas acabei por não o escrever. Este é um problema comum de quem tem um blogue e faz o voto de o actualizar com regularidade.
Escrever um artigo, uma crítica ou publicar um texto todas as semanas ou várias vezes por semana requer dedicação. Até aqui não há uma grande novidade. Uma publicação demora sempre pelo menos o mínimo de meia hora a criar e um blogger que se queira regular tem de pôr de parte esse tempo. Para além disso, é necessário programar aquilo que se vai publicar, não basta chegar à frente do monitor com meia hora e querer tirar um coelho da cartola. Então já percebemos que é necessário um planeamento e algum tempo para a execução. E que mais é preciso?
Um blogue tem de trazer conteúdo. Um dos métodos mais eficazes e fáceis de criar conteúdo é oferecer coisas através de passatempos. Queiramos ou não, o português ainda vai muito atrás das ofertas. Outra maneira fácil é fazer review de livros/filmes e outros produtos, o que permite que o blogue se pode tornar uma referência para quem gosta desse género de produto. Uma maneira difícil e entrevistas e reportagens sobre o tema do blogue, podem consumir várias horas e ter apenas um impacto moderado. A maneira mais difícil é mesmo criar conteúdo, seja escrever um texto/artigo ou até mesmo criar uma ilustração, etc...
Por fim, não se esqueçam que as redes sociais dominam o que pega nos blogues ou não. Não basta escrever no blogue, é preciso partilhar em todas as plataformas em que estamos presentes. A hora de publicar é também importante pois arriscamos-nos a ter o nosso conteúdo enterrado no meio de milhares de outros conteúdos.
Assim, espero que compreendam porque é que por vezes o vosso blogue favorito pode faltar uma postagem ou atrasar-se. Manter um blogue pode ser difícil, mas compensa, mesmo com poucos leitores fieis.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Passatempo: Oferta de Exemplar do "Caderno Vermelho"

Para começar o ano com o pé direito, decidi oferecer um exemplar autografado do "Caderno Vermelho". Como devem ter reparado, o livro já não se encontra à venda, ou seja, é uma das últimas oportunidade de obter a primeira edição deste livro!

36 páginas
Autor: Pedro Cipriano
Género: Poesia/Manifesto
https://www.goodreads.com/book/show/22747043-caderno-vermelho?ac=1
Sinopse: Ao iniciar a viagem, o neófito nada entende, pois não consegue ver. Está cego e não o sabe. Os símbolos em que está imerso são como um livro, só o pode ler quem o souber decifrar. O conteúdo só está acessível a quem tem vontade e uma mente aberta.
A abertura de horizontes não é um processo reversível. Não é possível voltar a dormir depois de se ter acordado completamente, assim como não é possível voltar ao ventre materno depois de nascer.
Esta não é uma iniciação a uma ordem secreta, nem a nenhum clube de eleitos. É uma iniciação ao mundo real.

Para o ganharem só tem de preencher o formulário abaixo, ser seguidor deste blogue e da minha pagina de autor no Facebook. Não é obrigatória a partilha do passatempo nas redes sociais, mas eu agradeço. O passatempo termina a 23 de Janeiro de 2015 e o vencedor será decidido através da geração de um número aleatório. Só será permitido uma participação por pessoa. Boa sorte a todos!