Autor: Fiódor Dostoiévski
Sinopse: Em 1846, aos 25 anos de
idade, Doistoiévski publica o seu primeiro romance Gente Pobre que
anuncia a grandeza da sua obra romanesca. Escrito sob forma epistolar,
contém muito pouco de descrição, mas em contrapartida o autor
conferiu-lhe uma intensidade emocionante. Passa-se num bairro pobre de
São Petersburgo, onde um funcionário de meia-idade troca correspondência
com uma jovem costureira. Demasiado pobres para se casarem, o seu amor
passa todo pelas cartas, onde contam um ao outro os pequenos
acontecimentos do dia-a-dia e revelam o seu mundo íntimo, marcado pelo
sofrimento e pela humilhação.
Tenho de confessar que Fiódor é um daqueles escritores que me fascina. Depois de ler Crime e Castigo, as minhas expectativas eram grandes e não fiquei desapontado. Apesar de ser o seu primeiro livro e de o autor não estar tão maduro como na sua obra prima, notam-se os traços característicos do autor. As personagens, que vivem num São Petersburgo empobrecido, são-nos apresentadas com uma personalidade complexa e com uma história cheia de voltas e reviravoltas, de modo que é fácil identificarmo-nos com elas. A acção é-nos apresentada através de cartas, com as quais tomamos conhecimento da miséria financeira e emocional que aflige as personagens. O único ponto menos positivo é o facto de a meio do livro a história parecer arrastar-se.
Recomendo a quem não conhece ainda o autor.
Classificação: 4 estrelas
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