quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Livros: The Catcher in the Rye

Este era um daqueles livros que já andava há algum tempo à espera de ter tempo para ler.


Autor: J. D. Salinger
Sinopse: Since his debut in 1951 as The Catcher in the Rye, Holden Caulfield has been synonymous with "cynical adolescent." Holden narrates the story of a couple of days in his sixteen-year-old life, just after he's been expelled from prep school, in a slang that sounds edgy even today and keeps this novel on banned book lists. It begins,

"If you really want to hear about it, the first thing you'll probably want to know is where I was born and what my lousy childhood was like, and how my parents were occupied and all before they had me, and all that David Copperfield kind of crap, but I don't feel like going into it, if you want to know the truth. In the first place, that stuff bores me, and in the second place, my parents would have about two hemorrhages apiece if I told anything pretty personal about them."

His constant wry observations about what he encounters, from teachers to phonies (the two of course are not mutually exclusive) capture the essence of the eternal teenage experience of alienation.



Este é outro daqueles livros que eu li tarde demais. Apesar de me conseguir ligar à personagem principal, o facto de já não ser propriamente adolescente não me ajudou a explorar o potencial da obra.

Aquilo que muitos se queixam: as digressões, os palavrões e aparente falta de moralidade na história não são os maiores defeitos da obra, são antes os pontos altos. Acho que este livro não pode obedecer às regras da literatura convencional, pois caso o fizesse, ia destruir a sua essência. Considero que capta a essência de ser adolescente, apesar de não me recordar de ter chegado a este extremo. Será que varri isso da minha memória?

Contudo, acho que falta algo no livro! não sei o que é, mas senti a falta de algo mais.

Recomendo a todos os adolescentes e jovens adultos. O calão, referências à sexualidade, as críticas à sociedade, etc não são nada do outro mundo e escondê-las dos jovens, numa atitude super-protectora, faz mais mal do que bem.

Classificação: 4 estrelas

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lusitânia - O Regresso

A Lusitânia está de volta!



O regresso foi anunciado na página de Facebook:

Após um longo processo de recepção de contos, leitura, selecção, edição e revisão, chegámos ao grupo de autores que irão participar na Lusitânia a ser lançada em Novembro.

Eles são:
Carolina Vargas
Inês Montenegro
João Franco
Margarida Mendes
Pedro Cipriano

Autor convidado:
João Barreiros

Durante os próximos dias iremos revelar mais pormenores desta edição. Estejam atentos!
Depois da recepção muito positiva do seu primeiro número, no ano passado, confesso que estava ansioso para que anunciassem os autores que iriam fazer parte da mesma. O autor convidado deixou-me intrigado!

domingo, 27 de outubro de 2013

Chá de Domingo #11: Nanowrimo

Quem é que este ano vai aceitar o desafio do Nanowrimo?


O que é o Nanowrimo?

O Nanowrimo é National Novel Writing Month em que milhares de escritores de todo o mundo participam. Decorre durante o mês de Novembro e o objectivo é escrever 50000 palavras.

Quem pode participar?

Todos podem participar! Seja um escritor profissional ou apenas alguém que goste de colocar uma palavra à frente da outra sem qualquer objectivo concreto.

O que é preciso para participar?

Registar a tua história em http://nanowrimo.org e escrever! O registo é grátis e ainda podem adquirir algumas lembranças espectaculares na loja.

Mas 50000 palavras não são muitas?

São só 1667 palavras por dia. É assim tão difícil? Para te manteres actualizado podes usar uma das aplicações que vai registando o teu progresso.

Eu acho que é um pouco difícil, o posso fazer para ser mais fácil?

Quase essencial é juntares-te a um grupo. A experiência é uma montanha russa emocional e ajuda estar inserido num ambiente onde haja quem te compreenda.


Adorava poder participar este ano, mas desconfio que estarei demasiado ocupado com outro tipo de escrita, o da minha tese de doutoramento.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A Editorial Divergência prepara-se para lançar a sua primeira antologia

A Editorial Divergência está a preparar a primeira antologia e precisa da vossa ajuda para escolher o tema. Podem deixar o vosso voto aqui.


Bónus: O júri da antologia ira contar com algumas figuras relacionadas com a ficção especulativa portuguesa.


Blogue da Editorial Divergência
Página de Facebook da Editorial Divergência

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Procuram-se leitores beta: Caderno Vermelho


Este livro esteve na gaveta quase dois anos e decidi procurar leitores beta para saber o que fazer com ele.

Leitor Beta é aquele que tem por hábito ler, pelo menos, 1 a 2 livros por mês. Espera-se que tenha uma língua afiada para a crítica, ajudando assim o autor a melhorar a sua obra.
Quem procuro?
- Leitores (m/f) que apreciem poesia.
- Idade mínima 14 anos.
- Leitores que assumam o compromisso de ler a obra na íntegra e sobre ela emitir uma crítica/sugestões (construtiva (s) de preferência) no seu todo.
- Pretendo no mínimo 5 leitores Beta.
O que procuro?
- Opiniões sinceras e honestas! Nada de leitores passivos que apenas absorvem o que gostaram. Preciso de gente com fibra que opine genuinamente sobre o que leu, que saiba fundamentar a crítica, no sentido da qualidade da obra. O que está bem, está e o que está mal, tem que se mudar – importante frisar isto!

Cada um dos leitores beta irá receber uma cópia digital do livro em pdf, mobi ou epub (outros formatos poderão estar disponíveis).

Todas as gralhas, erros frásicos e de métrica podem também ser apontados, embora esse não seja o objectivo desta leitura.
Se achas estar preparado para ler e opinar, manda-me um email para pedromrcipriano@gmail.com e fala-me um pouco de ti. Conto contigo!

Caderno Vermelho

Ao iniciar a viagem, o neófito nada entende, pois não consegue ver. Está cego e não o sabe. Os símbolos em que está imerso são como um livro, só o pode ler quem o souber decifrar. O conteúdo só está acessível a quem tem vontade e uma mente aberta.
A abertura de horizontes não é um processo reversível. Não é possível voltar a dormir depois de se ter acordado completamente, assim como não é possível voltar ao ventre materno depois de nascer.
Esta não é uma iniciação a uma ordem secreta, nem a nenhum clube de eleitos. É uma iniciação ao mundo real.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Fantasy & Co está a chegar ao centésimo conto

Vou dedicar o artigo de hoje ao Fantasy & Co.
Para quem não está a par:

Fantasy & Co nasceu da vontade de criar um espaço totalmente dedicado à literatura fantástica. Num universo virtual saturado de espaços individuais, este blogue vem concretizar a esperança de trabalharmos em função de um objectivo comum: Divulgar a Literatura Fantástica Portuguesa.

Aconselho a visitar também a página de Facebook!

Ao longo de quase um ano e meio, este grupo de escritores de ficção especulativa, do qual faço parte, publicou quase 100 contos.  Para comemorar o centésimo, haverá uma surpresa para todos os amantes do género romântico e/ou erótico.

Deixo uma pista:


Fiquem atentos!

domingo, 20 de outubro de 2013

Chá de Domingo #10: Atrasos

Todos temos que lidar com atrasos, umas vezes culpa dos outros, outras nossa (a maldita procrastinação) e as restantes não são culpa de ninguém. O Chá de Domingo desta semana é um bom exemplo de um atraso!


Apesar da postagem dizer que é do dia 20 às 17 horas, na verdade ele foi escrito no dia 26 às 20:00. Esta discrepância deve-se a uma atraso. Até aqui ainda não disse nada de novo, mas pelo menos já mostrei uma das consequências dos atrasos: aborrece as expectativas de outras pessoas. Não sei se há quem esteja habituado a ler esta rubrica todos os Domingos, mas se fosse o meu caso, eu ficaria chateado por não ter um artigo fresquinho à hora do chá!

Porque é que nos atrasamos?

A maior fonte de atrasos somos nós mesmos, ou porque adiamos o que realmente temos que fazer ou porque estamos muito ocupados. Por norma, a primeira é a mais frequente. O que é que podemos fazer contra isso? Organizar, meter uns minutos de parte para organizar e definir os objectivos de cada dia. Depois de sabermos o que queremos fazer, é necessário cumprir escrupulosamente as metas traçadas, sem arranjar desculpas do género: falta-me inspiração.

Quando os atrasos se devem aos outros, sentimos-nos impotentes. Como é que podemos lidar com essa situação? Definir metas e ter a certeza que eles as conhecem e que as vão cumprir. Claro que o cumprimento dos prazos depende da dedicação ao projecto e deve-se sempre tentar trabalhar com pessoas que estejam motivadas.

Por último vem o imprevisto. Na minha opinião, é o menos frequente, apesar de ser o mais citado para camuflar as verdadeiras causas (ninguém gosta de admitir que se atrasou tudo por sua culpa). Como lidar com os imprevistos reais? Na minha opinião, a maneira mais fácil é dar um espaço de manobra para todo o tipo de atrasos.

Agora devem estar curiosos sobre as razões do atraso da rubrica (isto é, se não estiverem demasiado furiosos por ter sido feita em cima do joelho). Durante o fim-de-semana participei num evento desportivo e desde Quarta-feira que ando adoentado (isto foi a desculpa do imprevisto). Na verdade, eu podia ter agendado o artigo antes do fim de semana e não o fiz por pura preguiça!

sábado, 19 de outubro de 2013

Livros: A Farewell to Arms

Este livro foi-me aconselhado já há algum tempo. Disseram-me que era o melhor deste autor.


Autor: Ernest Hemingway
Texto da contra-capa: 1918 Ernest Hemingway went to war, to the 'war to end all wars'. He volunteered for ambulance service in Italy, was wounded and twice decorated. Out of his experiences came A Farewell to Arms. Hemingway's description of war is unforgettable. He recreates the fear, the comradeship, the courage of his young American volunteer and the men and women he meets in Italy with total conviction. But A Farewell to Arms is not only a novel of war. In it Hemingway has also created a love story of immense drama and uncompromising passion.

 
Este livro deixou-me a pensar depois de o terminar. A impressão causada não desapareceu uma hora ou duas depois, durou dias. Ainda dura. O final foi excelente!

Agora vamos começar pelo início! Nas primeiras páginas descreve-se apenas a guerra, sem nunca se falar da personagens principal e quando a personagem finalmente surge, é-nos apresentada de uma forma quase indiferente. Todo o livro é narrado da mesma forma e muitos dos diálogos são pouco credíveis. Demora um bom bocado até a história começar realmente, mas quando isso acontece, o livro ganha interesse. A tensão vai crescendo e o final compensa o inicio menos forte. Poderá haver quem chore!

Recomendo a quem nunca leu nada de Hemingway e que tenha pachorra para passar as primeiras páginas sem desistir. 

Classificação: 4 estrelas

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Livros: O Profeta

Deram-me este livro e disseram-me que já o devia ter lido quando era mais novo. Eu aceitei o desafio.


Autor: Kahlil Gibran
Resumo: Os primeiros anos de vida de Kahlil Gibran foram passados no Líbano. Em 1895 - tinha 12 anos -, emigrou com a sua família para Boston. Após um período onde estudou em Paris, mudou-se para Nova Iorque e foi aí que escreveu o seu universalmente aclamado O Profeta.
Iniciado por Gibran aos 15 anos, O Profeta só surgiu na sua forma definitiva em 1923; foi traduzido em dezenas de línguas e alcançou o sucesso mundial.
Seguindo o versículo bíblico na sua simplicidade, Gibran combina ensinamentos cristãos, sufistas e budistas e, através da sua personagem Al-Mustafá, propõe a meditação filosófica com imagens retiradas da Natureza e inspira a reflexão e a elevação da alma.
Morreu em 1931, aos 48 anos.


O desfrutar deste livro tem muito a ver com a idade com que se lê. Escrito numa linguagem semelhante à das sagradas escrituras católicas, engloba os ensinamentos de várias religiões. É uma leitura fácil e que dá muito que pensar, especialmente aos mais novos, e pode ser uma grande fonte de inspiração.

Para pessoas com uma mente mais aberta, o livro não traz nada de novo e pode até tornar-se aborrecido, por bater em demasia na mesma tecla. Contudo, a simplicidade com que o faz é mais positiva que negativa.

Recomenda-se a jovens dos 14 aos 18 anos; e a adultos que nunca leram e tenham a mente aberta.


Classificação: 3 estrelas

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Livros: O Barão

Outro livro que me ofereceram, como recomendação de leitura.


Autor: Branquinho da Fonseca
Sinopse: Este livro reúne três contos escritos por Branquinho da Fonseca: O Barão, Mãos Frias e O Involuntário.


Em geral gostei das histórias, apesar de não terem mexido muito comigo. Deixo então um pequeno comentário a cada um dos contos:

O Barão é a melhor e destaca-se das restantes. Invoca um saudosista que vive num tempo que já não existe. A narrativa desenrola-se de um modo fluido e prende o leitor para saber o que poderá acontecer a seguir. As surpresas não param de surgir e a maior de todas aparece no final. Vale a pena. 4 estrelas

Mãos Frias não me motivou nem um bocadinho. Não se percebe muito bem o que acontece nem o final. Não me identifiquei com a personagem nem as sensações dela passaram para mim. 2 estrelas

O Involuntário ficou mediano. Algumas situações são mais caricatas do que o autor poderia desejar, mesmo assim gostei de ler. Não há muito mais a dizer sobre este conto. 3 estrelas.

Recomendo a quem nunca leu nada deste autor

Classificação: 3 estrelas

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Livros: O Gato Malhado e Andorinha Sinhá

Ofereceram-me este livro e disseram-me que tinha que o ler. Eu fiz o que me pediram!



Autor: Jorge Amado
Resumo: Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade.

O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar.

Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.

 
Estamos perante um trabalho de mestre.

É uma história construída em camada, numa mistura de vários géneros e capaz de agradar a públicos de idades distintas. A moral está ao alcance de todos e só a linguagem com fortes traços de oralidade brasileira pode ser um obstáculo para algum leitor menos persistente. Apesar da sua aparenta simplicidade, toca temas fortes como o amor, inveja, morte e preconceito.

Recomendo a todos os que gostam de histórias para crianças e para os mais crescidos também! 

Classificação: 5 estrelas

domingo, 13 de outubro de 2013

Chá de Domingo #9: Editoras

Esta já me andava entalada há algum tempo. Peço desculpa se para algumas pessoas estou a dizer o óbvio, mas muito boa gente anda por ai enganada.


Para deixar isto bem claro, existem três tipos de editoras:

  1. Editoras Comerciais de Grande Público
  2. Editoras Comerciais de Pequeno Público
  3. Editoras Levianas
Vou analisar cada um dos tipos, tentando ser objectivo.

Editoras Comerciais de Grande Público


São editoras que mais importam livros, sendo responsáveis pela maioria das traduções. É muito raro investirem em novos talentos. Fazem-no através de concursos que estão condicionados pelas opiniões dos seus membros. Uma das abordagens mais utilizadas para levar "sangue novo" à editora sem grande compromisso, é a publicação de antologias, no caso da Saída de Emergência. A Presença, por sua vez, tem mostrado mais abertura a autores estreantes através da casa-mãe ou diferentes chancelas. Todavia, essas iniciativas ainda são muito raras. Pertencem a um conjunto de pessoas e por vezes a outras empresas maiores. Não cobram pela edição, mas podem demorar meses a responder, isso é, se alguma vez o chegarem a fazer. São as primeiras a serem abordadas pelos autores, por serem as mais conhecidas. Claro que todos querem publicar por estas editoras, pois elas possuem uma rede de distribuição sofisticada e é garantidos que os livros irão aparecer nas prateleiras das principais livrarias e que haverá uma promoção séria do mesmo. Contudo, o objectivo principal destas editoras é o lucro!


Editoras Comerciais de Pequeno Público


Exemplos: Arauto
São editoras com um orçamento limitado, geridas por pessoas motivadas mais pelo gosto do que pelo lucro. Investem em novos talentos, criando pequenas edições que alvejam pequenos nichos de mercado. Por norma, também não cobram pela edição, mas só aceitam manuscritos de um certo género. Por contraste às de grande público, são empresas pequenas com menos preconceitos em responder às submissões. Não se pode esperar que estas editoras consigam distribuir os livros com eficiência, baseando-se muito na palavra de boca em boca e nos pequenos grupos de fãs. Devido às dificuldades económicas para manter um negócio rentável, tanto aparecem como podem desaparecer passado alguns meses, abrindo falência, mudando a estratégia para o grande público ou tornando-se levianas. Carecem de um plano de negócios forte e vêem-se sobre forte pressão dos outros dois tipos de editoras. Pela sua instabilidade e falta de reputação, os autores não costumam apostar nelas.


Editoras Levianas


Este é o tipo de editora mais numeroso. Em geral são pequenas empresas que editam qualquer género de livro, estando receptivos a qualquer autor, mesmo os desconhecidos. A grande desvantagem deste tipo de negócio é que eles cobram pela edição do livro, não se preocupando muito com a distribuição ou promoção do mesmo. Muitas destas empresas são conhecidas por não reverem os livros e não lhe darem um design profissional, mas como em muitas coisas, há excepções à regra. Por vezes, os contratos são abusivos, prendendo o livro e o autor à editora durante vários anos. Outro esquema usado por estas editoras são antologias, em que aceitam um número imenso de autores, esperando receber o seu lucro pelas vendas dos exemplares aos escritores que participaram.


Quero agradecer ao Carlos Silva e ao Vitor Frazão pelas valiosas sugestões.

sábado, 12 de outubro de 2013

Livros: Crome Yellow

Encontrei este livro em desconto e não resisti. Já tinha lido o Admirável Mundo Novo e quis descobrir mais sobre este autor.


Autor: Aldous Huxley
Resumo: Denis Stone, a naive young poet, is invited to stay at Crome, a country house renowned for its gatherings of 'bright young things'. His hosts, Henry Wimbush and his exotic wife Priscilla, are joined by a party of colourful guests whose intrigues and opinions ensure Denis's stay is a memorable one. First published in 1921, Crome Yellow was Aldous Huxley's much-acclaimed debut novel.



Escrito um pouco ao estilo de O Grande Gatsby, Crome Yellow retrata os anos vinte do ponto de vista britânico. O protagonista é um decalque do autor, um jovem escritor que decide passar uma temporada numa mansão onde se reúnem jovens talentos. A maioria das personagens são baseadas em pessoas que se cruzaram com ele numa das mansões que ele costumava frequentar.

O estilo de livro é muito diferente do que estava à espera de Huxley, um livro com bastante humor, contrastando com a sua obra prima, O Admirável Mundo Novo. Chama vários temas em voga nessa altura, alguns dos quais ainda são capazes de meter um leitor moderno. O único problema é mesmo a narrativa que, por vezes, se arrasta durante capítulos sem que nada interessante aconteça.

Recomendo a quem gostar de um livro escrito mais para rir e pensar do que propriamente para contar uma história.

Classificação: 4 estrelas

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Livros: Inferno

Comprei este livro para me entreter durante uma viagem de avião.


Autor: Dan Brown
Texto de apresentação: «Procura e encontrarás.»

É com o eco destas palavras na cabeça que Robert Langdon, o reputado simbologista de Harvard, acorda numa cama de hospital sem se conseguir lembrar de onde está ou como ali chegou. Também não sabe explicar a origem de certo objeto macabro encontrado escondido entre os seus pertences.

Uma ameaça contra a sua vida irá lançar Langdon e uma jovem médica, Sienna Brooks, numa corrida alucinante pela cidade de Florença. A única coisa que os pode salvar das garras dos desconhecidos que os perseguem é o conhecimento que Langdon tem das passagens ocultas e dos segredos antigos que se escondem por detrás das fachadas históricas.

Tendo como guia apenas alguns versos do Inferno, a obra-prima de Dante, épica e negra, veem-se obrigados a decifrar uma sequência de códigos encerrados em alguns dos artefactos mais célebres da Renascença - esculturas, quadros, edifícios -, de modo a poderem encontrar a solução de um enigma que pode, ou não, ajudá-los a salvar o mundo de uma ameaça terrível…

Passado num cenário extraordinário, inspirado por um dos mais funestos clássicos da literatura, Inferno é o romance mais emocionante e provocador que Dan Brown já escreveu, uma corrida contra o tempo de cortar a respiração, que vai prender o leitor desde a primeira página e não o largará até que feche o livro no final.




Arrependo-me de ter comprado este livro.

Repito (bem ao estilo do autor), arrependo-me de ter comprado este livro!

Para além do despejo de informação e da descrição mecânica, a história desenvolve-se de um modo previsível. As personagens são decalques do que ele fez nos outro livro e não há qualquer melhoria significativa no conjunto. Pior que isso, é que o livro prende mas o final desaponta como tudo!

Inferno foi o tempo que perdi com este livro!

Classificação: 2 estrelas

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Livros: What Lies Across the Water

Recebi este livro através do programa de giveaways da Goodreads.





Autor: Stephen Kimber
Texto da contra-capa: Is the man who blows up an airplane and kills dozens of civilians a murderous terrorist... or a valiant freedom fighter? Is the man who tries to stop the bomber a threat to national security... or a hero of the people?
It depends.
What Lies Across the Water is a narrative nonfiction thriller. About terrorists who blow up airplanes and try to overthrow governments. About intelligence agents who try to stop them.
The twist is that these terrorists are not Muslim. They’re Cuban exiles. And the men trying to stop them? Cuban intelligence agents.
What Lies Across the Water examines the post-9/11 Bush doctrine—“Any nation that continues to harbor or support terrorism will be regarded by the United States as a hostile regime”—by focusing on what happened in Miami and Havana in the 1990s when the American government—and Miami’s Cuban violent exile community—ratcheted up their attacks against Cuba.
Cuba responded by sending intelligence agents to South Florida to penetrate the plotters.
What Lies Across the Water uses an in-the-moment narrative to tell the parallel, converging, diverging stories of the exile militants, Cuban intelligence officers and FBI agents as they clash in Havana, Miami and the Straits of Florida. The story moves from the streets of Little Havana to real Havana’s Tropicana nightclub, from the hotel bar at the Copacabana Hotel to the inner sanctum of the White House—and back.
What Lies Across the Water climaxes when Cuba’s intelligence agents—the Cuba Five—are arrested and sentenced to long prison terms while the exile terrorists go free.
Who’s really a terrorist and who’s really a freedom fighter?


Este livro deixou-me preso desde a primeira página. A narrativa leva-nos até Miami do anos 90, onde a comunidade Cubana exilada tenta derrubar Fidel Castro. Eles estão dispostos a usar todos os meios para atingir os seus objectivos, incluindo matar inocentes.Deveremos considerá-los terroristas ou lutadores pela paz? A resposta depende apenas de perspectiva se olha. E quem é enviado para o pais onde actuam para os parar é uma ameçã à segurança nacional ou um heroi? Isso também depende. O livro trás-nos os factos e deixa que o leitor tirar as suas próprias conclusões. É fácil de ler e todas as fontes estão identificadas, o que poderá ser útil para os mais cépticos.O único defeito que consigo apontar é o facto de algumas cenas serem demasiado extensas.


Eu considero que ambos os lados tiveram momentos em que agiram mais correctamente do que outros. Olhar para esta situação como preto e branco é ser daltónico. Como é que alguém pode julgar sem ter todos os factos? Qual o papel dos média na justiça? algumas cenas, como a bomba no torneio de xadrez, irão deixar o leitor aterrorizado.

Eu recomendo este livro a todos os amantes de história ou que estejam interessados em saber mais sobre os Cinco Cubanos.

Classificação: 5 estrelas

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Livros: O Ladrão Invisível

Estava eu num destes dias sem nada realmente inteligente para fazer quando me lembrei que podia ler um dos livros juvenis que tinha na pilha dos que ainda não tinham sido lidos.


Autor: João Aguiar
Sinopse: Vila Rica, onde vivem o Carlos, o Álvaro, a Catarina e o Frederico, tem um museu, e esse museu existe em consequência da primeira aventura do Bando dos Quatro. Por isso, eles consideram-se, de certo modo, os seus «protectores». Ora, acontece que vários objectos valiosos são roubados e que, apesar dos alarmes e do moderno e eficiente sistema de vigilância, ninguém consegue impedir os roubos, ninguém consegue ver o ladrão. Razão mais do que suficiente para o Bando dos Quatro entrar de novo em acção! Chegados há pouco de umas férias na Irlanda, os nossos amigos vão tentar resolver mais este mistério, apesar de o Álvaro dizer que o museu está a ser roubado por um fantasma...



A premissa é bastante simples e já tantas vezes explorada em livros desta faixa etária. Todavia, João Aguiar tem uma excepcional atenção ao detalhe, que mesmo num livro juvenil marca a diferença. Era de esperar que as reviravoltas fossem previsíveis e que a história fosse linear, no entanto o autor troca-nos as voltas, conseguindo surpreender-nos.

Porquê é que lemos um livro? Ou porque queremos aprender algo ou porque queremos passar um bom bocado. Ambas se aplicam a este livro! Recomendo a quem gosta de ler livros juvenis.



Classificação: 4 estrelas

domingo, 6 de outubro de 2013

Chá de Domingo #8: Literatura Ordinária

O chá de hoje baseia-se nisto!


Há vários tipos de literatura: há a boa, a razoável, a má e a muito má! Hoje venho-vos falar do que está abaixo da muito má, o lixo literário! Como leram no link acima (mais de metade sei que não leu, por isso é favor de subir e clicar), o panorama literário não é dos melhores.

Já lá vai o tempo em que nem toda a gente podia ser escritor. A segunda revolução industrial e as novas tecnologias de informação trouxeram ao comum dos mortais a possibilidade de ler mais. Com este crescimento do consumo, aumentou também a oferta, criando-se autenticas corporações de entretenimento. Como é sabido, a principal preocupação de uma empresa não se prende com a cultura. A lógica do editor é muito simples, para que preocupar-se com o aperfeiçoamento e publicação de obras realmente únicas se é mais fácil importar e usar escritores fantasma para debitar pseudo-biografias de concorrentes à casa dos degredos (a troca do nome é intencional)?

Se o cuidado dos editores é pouco, o dos leitores é ainda menos, já que suportam tais publicações. Cada vez que leio um livro, estou a investir algumas horas da minha vida, as quais não recupero, por isso é bom que livro valha a pena! E voltamos ao nosso ponto de partida, hoje qualquer pessoa pode escrever um livro. Se não tiver ido a nenhum programa de televisão nem chamar a atenção das editoras tradicionais, pode sempre dar azo a sua leviandade e pagar a sua própria publicação. Não me vou estender sobre as vanities, porque elas dão assunto para um chá completo.

Ao olhar para as prateleiras de uma livraria ou para um website de vendas, às vezes, penso, quantos destes livros é valerão realmente a pena ler? Pelas razões já apontada, a conclusão é muitas vezes desanimadora. Infelizmente, não é por um livro vender bastante que se pode inferir a boa qualidade.

Enfim, o chá de hoje surgiu mais na forma de um desabafo do que uma argumentação estruturada. Quais são os tipos de literatura ordinária que menos gostam e que nunca iriam perder o vosso tempo a ler? Qual acham ser a melhor maneira de melhorar o panorama editorial e tentar que menos árvores sejam deitadas abaixo em vão?

sábado, 5 de outubro de 2013

Livros: A Wild Sheep Chase

Este livro veio parar-me às mãos por um colega que mudou de cidade e ofereceu-me alguns dos livros que já tinha lido.


Autor: Haruki Murakami
Texto da contra-capa: A marvellous hybrid of mythology and mystery, A Wild Sheep Chase is the extraordinary literary thriller that launched Haruki Murakami’s international reputation.
It begins simply enough: A twenty-something advertising executive receives a postcard from a friend, and casually appropriates the image for an insurance company’s advertisement. What he doesn’t realize is that included in the pastoral scene is a mutant sheep with a star on its back, and in using this photo he has unwittingly captured the attention of a man in black who offers a menacing ultimatum: find the sheep or face dire consequences. Thus begins a surreal and elaborate quest that takes our hero from the urban haunts of Tokyo to the remote and snowy mountains of northern Japan, where he confronts not only the mythological sheep, but the confines of tradition and the demons deep within himself. Quirky and utterly captivating, A Wild Sheep Chase is Murakami at his astounding best.



Este é um daqueles livros que chama a atenção, nem que seja pela quantidade incrível de personagens e acontecimentos improváveis que surgem. O autor pegou numa premissa original e levou-nos numa história em que era impossível adivinhar o final. A combinação de géneros foi muito bem empregue, resultando numa mistura que foge a qualquer rótulo. A atenção ao detalhe e a captura do espírito do homem moderno foi sublime.

Infelizmente, falhou na concretização: há muitos momentos mortos no livro, que se limitam à descrição monótona de situações corriqueiras sem qualquer objectivo concreto. Para além disso, acho que as primeiras páginas estão completamente fora do resto de narrativa e que a história se desenvolve muito lentamente.

Parece-me um daqueles livros que irei apreciar de outro modo se o voltar a ler mais tarde. Recomenda-se a quem tiver paciência para ultrapassar partes mais mortas sem desistir.

Classificação: 4

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Balanço das Leituras Beta: A Menina dos Doces

Dou por terminada a fase de leituras beta do meu livro A menina dos doces.*

*Eu sei que ainda há algumas pessoas que ainda não entregaram a ficha de leitura. Estão sempre a tempo de o fazer, mal posso esperar para saber as vossas opiniões!

Capa provisória. Estou à espera que me ocorra uma ideia melhor!

Quero agradecer as minhas leitoras beta, às 15 corajosas mulheres que quiseram ler o livro sem quaisquer garantias nem preconceitos.* As fichas de leitura ajudaram-me a compreender dimensões da história que eu não me tinha apercebido que existiam. Foi uma experiência curiosa, descobrir que desconhecia aspectos do meu próprio livro. As opiniões combinadas resultaram num documento com mais de 35 mil palavras, para terem uma ideia da complexidade dos aspectos apontados.

*Decidi não publicar os nomes por uma questão de privacidade. Irão aparecer nos agradecimentos do livro.

Agora é altura de o livro voltar para o forno, há muito trabalho pela frente. Muito para mudar, muitas arestas para limar, polir ou arredondar. Um grande obrigado pela ajuda indispensável que me deram!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Meu Blog é Neutro em Carbono - Iniciativa Ambiental

Peço desculpa por interromper a programação normal, mas acho que esta iniciativa é deveras importante.


Quero agradecer ao blog Morrighan por me ter dado a conhecer esta iniciativa.
Aqui reproduzo o email que lhe foi enviado pela Gesto Verde:

"(...) e faço parte da equipe Gesto Verde, uma campanha sem fins lucrativos promovida pela Guiato, uma startup que visa promover a sustentabilidade através do meio digital.

Conhecendo um pouco do site Morrighan percebi que temos muito em comum, afinal de contas, ambos buscamos o melhor, seja para o nosso leitor ou para o mundo.

E por conta disso gostaria de lhe contar uma coisa: Você sabia que um blog produz quase 3,6 kg de dióxido de carbono por ano?

É por isso que o Gesto Verde lançou o desafio inicial de plantar 500 árvores em prol da diminuição do impactado ambiental gerado pela sociedade e após conquistar a parceria de 500 sites/blogs o Gesto Verde lança um desafio ainda maior: plantar 1.000 árvores nativas no Brasil, e para isso precisamos da participação de 1.000 sites/blogs, sendo que cada post sobre a campanha é revertido em uma árvore plantada pelo IBF.

Além disso a divulgação do gesto promove mais plantios, por isso o post informativo é o método ideal para instruir os seus leitores sobre esse gesto tão simples e promotor do meio ambiente que a Guiato está proposta a realizar pela sociedade.

Para participar são apenas 2 passos simples:
  1. Escrever um pequeno post no seu blog sobre o tema “Meu blog é neutro em carbono” e inserir uma chamada no final para outras pessoas participarem. A nossa sugestão de chamada é: “Meu Blog é neutro em CO2, neutralize o seu também. Saiba como.”
  2. Enviar um email para CO2neutro@guiato.com.br"
Acho que é um gesto simples que todos nós podemos fazer, contribuindo assim para um mundo melhor.