Autor: Luis Sepúlveda
Sinopse: "Os mortos estorvam, as vítimas estorvam, são incomodativas, e os que clamam por justiça são mais incómodos ainda."
Mas no silêncio que rodeia os perseguidos, há alguém como Luis Sepúlveda que não hesita em colocar a sua pena ao serviço de uma legítima demanda pela igualdade. Nestes breves e intensos textos, escritos entre a Primavera de 2005 e Dezembro de 2006, quando Pinochet morre, Sepúlveda debruça-se sobre uma longa galeria de horrores. A sombra do General e da sua família predadora paira ainda sobre o Chile e sobre as memórias de quem sentiu na pele a crueldade do tirano e assiste agora à sua morte. Até na civilizada França os fantasmas da intolerância serpenteiam pelas ruas e levam aos protestos dos imigrantes, provando que nenhum país tem a exclusividade da prevaricação.
Mas há sempre uma esperança de que as coisas podem mudar - encarnada pela mulher que preside agora aos destinos do Chile, Michelle Bachelet; pelos estudantes que lutam por um sistema de educação baseado na qualidade do ensino; pelos chilenos que, mesmo nas mais recônditas regiões do país, exerceram o seu direito de voto, dando provas de maturidade e civismo.
Mas no silêncio que rodeia os perseguidos, há alguém como Luis Sepúlveda que não hesita em colocar a sua pena ao serviço de uma legítima demanda pela igualdade. Nestes breves e intensos textos, escritos entre a Primavera de 2005 e Dezembro de 2006, quando Pinochet morre, Sepúlveda debruça-se sobre uma longa galeria de horrores. A sombra do General e da sua família predadora paira ainda sobre o Chile e sobre as memórias de quem sentiu na pele a crueldade do tirano e assiste agora à sua morte. Até na civilizada França os fantasmas da intolerância serpenteiam pelas ruas e levam aos protestos dos imigrantes, provando que nenhum país tem a exclusividade da prevaricação.
Mas há sempre uma esperança de que as coisas podem mudar - encarnada pela mulher que preside agora aos destinos do Chile, Michelle Bachelet; pelos estudantes que lutam por um sistema de educação baseado na qualidade do ensino; pelos chilenos que, mesmo nas mais recônditas regiões do país, exerceram o seu direito de voto, dando provas de maturidade e civismo.
Um livro em que vibra de novo a paixão
implacável de um grande escritor, capaz de fazer com que a denúncia e a
indignação se transformem em matéria da mais alta qualidade literária.
Este livro explora uma vertente menos conhecida de Luis Sepúlveda, o de activista político, que usa a sua caneta para exigir um Chile mais justo. A linguagem não é tão simples e acessível como nos outros livros que li, mas a mensagem é muito mais directa. Dividido em pequenos textos, cada qual focando-se num tema específico, o autor tenta mostrar ao mundo o que se está a passar no Chile, ao mesmo tempo que, como exilado, gostaria de estar lá presente. As palavras vibram intensidade, clamam justiça, apelam à mudança, transbordam de polémica para não deixar ninguém indiferente nem impune, escritas com a mestria que só Luis Sepúlveda consegue. O único ponto menos bom é o tamanho dos ensaios, que são demasiado curtos e que provavelmente o foram para poderem ser acessíveis a todos os leitores.
Recomendo a todos os que se interessarem por activismo político ou história recente do Chile ou que simplesmente adorem este escritor!
Classificação: 5 estrelas
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