domingo, 6 de outubro de 2013

Chá de Domingo #8: Literatura Ordinária

O chá de hoje baseia-se nisto!


Há vários tipos de literatura: há a boa, a razoável, a má e a muito má! Hoje venho-vos falar do que está abaixo da muito má, o lixo literário! Como leram no link acima (mais de metade sei que não leu, por isso é favor de subir e clicar), o panorama literário não é dos melhores.

Já lá vai o tempo em que nem toda a gente podia ser escritor. A segunda revolução industrial e as novas tecnologias de informação trouxeram ao comum dos mortais a possibilidade de ler mais. Com este crescimento do consumo, aumentou também a oferta, criando-se autenticas corporações de entretenimento. Como é sabido, a principal preocupação de uma empresa não se prende com a cultura. A lógica do editor é muito simples, para que preocupar-se com o aperfeiçoamento e publicação de obras realmente únicas se é mais fácil importar e usar escritores fantasma para debitar pseudo-biografias de concorrentes à casa dos degredos (a troca do nome é intencional)?

Se o cuidado dos editores é pouco, o dos leitores é ainda menos, já que suportam tais publicações. Cada vez que leio um livro, estou a investir algumas horas da minha vida, as quais não recupero, por isso é bom que livro valha a pena! E voltamos ao nosso ponto de partida, hoje qualquer pessoa pode escrever um livro. Se não tiver ido a nenhum programa de televisão nem chamar a atenção das editoras tradicionais, pode sempre dar azo a sua leviandade e pagar a sua própria publicação. Não me vou estender sobre as vanities, porque elas dão assunto para um chá completo.

Ao olhar para as prateleiras de uma livraria ou para um website de vendas, às vezes, penso, quantos destes livros é valerão realmente a pena ler? Pelas razões já apontada, a conclusão é muitas vezes desanimadora. Infelizmente, não é por um livro vender bastante que se pode inferir a boa qualidade.

Enfim, o chá de hoje surgiu mais na forma de um desabafo do que uma argumentação estruturada. Quais são os tipos de literatura ordinária que menos gostam e que nunca iriam perder o vosso tempo a ler? Qual acham ser a melhor maneira de melhorar o panorama editorial e tentar que menos árvores sejam deitadas abaixo em vão?

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