quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Balanço Anual de 2014

Aqui ficam as minhas estatísticas anuais:

Postagens mais lidas no blogue


1 - A Menina dos Doces - Escolha da Capa 139 visualizações
2 - Divulgação: Comandante Serralves 111 visualizações
3 - Caderno Vermelho: Lançamento 98 visualizações
4 - Caderno Vermelho: Sessão de Lançamento 92 visualizações
5 - Caderno Vermelho: Chegaram os exemplares! 86 visualizações

Creio que esta lista faz um apanhado interessante dos acontecimentos mais importante do meu círculo literário: os lançamentos do Caderno Vermelho e Comandante Serralves - Despojos de Guerra. Para além disso ficou marcado pelo trabalho que continuo a desenvolver no romance A Menina dos Doces.

Livros Lidos

 

4 - A Storm of Swords de George Martin (Parte 1 e Parte 2)

Este ano li apenas 34 livros, muito menos que nos anos anteriores. Apesar de na altura ter dado só 4 estrelas, tenho de confessar que o livro do Philip Pullamn acabou por ser o livro que mais gostei de ler em 2014. A história ficou-me na memória e o resto da trilogia foi sempre a melhorar (as reviews vão sair algures em 2015). Isto porque a classificação também tem em conta a expectativas, por exemplo, tinha grandes expectativas para os livros do George Martin e apesar da qualidade e das 5 estrelas, considero que outros livros me surpreenderam mais.

Lançamento do Caderno Vermelho



Em 2014 lancei o meu primeiro livro, Caderno Vermelho, em edição de autor, o qual está virtualmente esgotado. Foi uma experiência interessante a qual espero repetir em breve. Um marco sobre o qual já muito foi dito e mais não vale a pena acrescentar por agora. Se vai haver segunda edição? Talvez, se houver interesse.

Editorial Divergência

Grande parte do meu ano foi gasta na Editora, a qual publicou dois livros no ano corrente. Foi uma experiência muito proveitosa, onde toda a equipa aprendeu e desenvolveu as suas capacidades.

Contos Publicados



Este ano houve também menos produção literária. Para o ano espero conseguir escrever mais e melhor.

Projectos Literários

Um ano também marcado pelo Camp Nanowrimo falhado e pelo Nanowrimo onde consegui escrever As Nuvens de Hamburgo (o qual já está em leituras beta) e dar um avanço gigante no Canto do Rouxinol (cuja saga da escrita já dava um livro por si própria). Continuo a editar A Menina dos Doces, que espero publicar em 2015. Lancei também uma compilação de contos do universo Porto e Galiza.


Encerro este último post do ano com votos de um bom ano Novo para todos.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Cupão




Uma troca involuntária de olhares com o desconhecido foi suficiente. Daniel interrompeu o vaivém pelo passeio, que o mantivera ocupado durante a manhã, e enveredou por uma ruela. O homem seguiu-o.
Tem cupões? ― interpelou-o o desconhecido.
Daniel virou-se e observou o homem. Não teria mais de quarenta anos, usava um fato escuro gasto e uns óculos redondos de vidro esverdeado.
Tenho o meu! Mas que raio de pergunta é essa? ― devolveu, contendo-se para não soltar um gesto obsceno.
O homem sorriu e Daniel fez o mesmo. Deixou as mãos nos bolsos da gabardina castanha-clara e os músculos da face relaxar. Sabia o que estava prestes a acontecer e não podia fazer nada para o evitar.
Peço desculpa ― respondeu-lhe o sujeito, levando a mão ao bolso.
Outro desconhecido surgiu à entrada da rua. Este era mais novo e usava uma indumentária semelhante. Avaliou o segundo homem, percebendo que nunca poderia correr mais do que eles.
Com a sua licença, eu tenho outros assuntos a tratar... ― desculpou-se Daniel, virando costas aos sujeitos.
Espere! ― prosseguiu o homem, esperando até ele olhar de volta. ― Eu vi o senhor andar de trás para a frente nesta rua durante toda a manhã. Tanto passeou que, de certeza, não haverá problema se o retivermos por mais uns breves momentos.
Polícia de Segurança Interna ― identificou-se o segundo, retirando o cartão do bolso. ― Levante os braços e fique quieto!
Está bem, não tenho nada a esconder... ― levantou os braços e acenou com as palmas das mãos abertas.
Os dois agentes aproximaram-se. Um agarrou-lhe no braço direito e torceu-o até Daniel cair de joelhos. O outro vasculhou-lhe os bolsos, enquanto a dor se intensificava e alastrava pela perna esquerda.
Seu traficante de meia-tigela, vais pagar caro por estes teus negócios! ― prometeu o que lhe segurava o braço.
Apontando-lhe uma pistola à face, obrigando-o a despir o casaco e a tirar os sapatos. O produto da busca foi amontoado sobre o passeio. Os agentes fixaram o olhar no único cartão amarelo.
Daniel Pereira, quem é esta pessoa? ― interrogou-o o agente, lendo o nome no cupão.
Sou eu, veja na minha carteira... ― respondeu-lhe, ainda no chão.
Os polícias abriram a carteira e inspeccionaram os documentos.
Senhor Daniel Pereira, parece que desta vez se safou ― disse-lhe o mais velho, atirando a carteira para o chão de modo a que o conteúdo se espalhasse.
Os dois homens viraram costas e afastaram-se.
Ainda com os joelhos e pulsos doridos, levantou-se e recolheu os seus pertences espalhados pelo beco. Cerrou os punhos e suspirou ruidosamente. Ajeitou as roupas e voltou à rua principal.
Não tinha dúvidas que os agentes o iriam seguir nos próximos dias. A tarefa que tinha em mãos não podia esperar tanto. Precisava de comprar um cupão no mercado negro antes do fim do dia. Sem aquele papel amarelo, era impossível comprar comida.
Num passo determinado, desceu em direcção à estação de São Bento. Parou uma ou duas vezes de frente às montras, certificando-se que um sujeito de óculos escuros esverdeados seguia no seu encalço. Decidiu pôr em prática uma das manobras do manual.
Entrou na estação e desatou a correr, saindo pela outra porta. Esperou um momento antes de voltar à rua. Com o coração aos pulos, caminhou em passo apressado de volta para onde os agentes o tinham interpelado.
Sorriu ao ver o velho no seu banco de madeira habitual. Ele sentava-se sempre nas mesmas tábuas verdes, para esperar à sombra de um plátano centenário. Sentou-se ao seu lado, tentando estimar quanto tempo teria até os agentes lhe encontrarem de novo o rasto.
Bons olhos te vejam, meu filho ― disse-lhe o homem
Que Deus o abençoe e o guarde de todo o mal.
O idoso passou-lhe um envelope castanho e Daniel enfiou-o no casaco do sobretudo. Levantou-se sem se despedir. Dirigiu-se ao mercado da rua de Santa Catarina. Era quase hora de almoço e nem assim o movimento diminuía. As barracas amontoavam-se, ocupando espaços que não lhe estavam destinados. De quando em quando, os gritos das vendedoras de tecido sobrepunham-se aos outros ruídos.
Há sete anos atrás ainda era possível comprar comida no mercado da capital, mas à medida que a guerra se prolongava, toda a produção estava cativa do estado. Ninguém poderia obter alimentos sem apresentar o cartão. A luta do Norte contra o Sul já tinha feito correr rios de sangue. As dores esporádicas na perna esquerda, fruto de um disparo de metralhadora, relembravam-no o porquê de não cumprir oito anos de serviço obrigatório.
Embrenhou-se na multidão, lutando para passar. Sabia que os polícias nunca o encontrariam no meio da confusão.
Percorreu metade da feira antes de se deparar com o comerciante que procurava. Era um homem magro que usava uma barbicha excessivamente longa. Todos o que o conheciam concordavam, era impossível estimar a idade do sujeito, só sabiam que ele era mesmo muito velho.
Bom dia, meu jovem, em que posso ajudá-lo? ― cumprimentou com um sorriso que mostrava uma dentição ainda perfeita.
Estou interessado nos seus produtos.
Esteja à vontade ― convidou o comerciante, estendendo a mão sobre a mesa que servia de balcão.
Durante um momento, Daniel fingiu estar interessado nos relógios de parede. Não tinha pressa, pois sabia que um acto irreflectido deitaria tudo a perder. De um modo subtil, abriu o envelope que lhe havia sido dado sem o retirar do sobretudo, ficando com o diminuto pedaço de papel na palma da mão.
Eu gostaria de ter um relógio que marcasse as horas das refeições... ― pediu, olhando o homem nos olhos.
Quem vive em sua casa?
Uma senhora.
E ela é nova ou velha?
Nova.
Então eu aconselho-lhe a levar este aqui ― sugeriu, apontando para um relógio branco redondo.
Parece-me bem, quanto custa?
Oitenta contos de reis.
Retirou um maço de notas do envelope e pagou ao homem. O velho contou duas vezes o dinheiro antes de lhe dar o relógio.
Deixou o mercado e desceu para a parte velha da cidade. Alguns dos prédios tinham, pelo menos, o dobro da idade da Grande Guerra Europeia. Aquela parte do Porto ainda não fora bombardeada, o que não era de admirar, não era preciso lançar bombas naquela vizinhança para os prédios caírem, eles desmoronavam-se sem precisar de ajuda.
Ao chegar ao seu edifício, deparou-se com dois homens que esperavam do outro lado da rua. Vestiam camisas brancas e calças de feltro, não tinham aspecto de trabalhadores. O coração quase lhe saltou da caixa torácica.
Cada passo era uma tortura e tinha de se obrigar a dá-lo. Um dos homens olhou-o e um arrepio frio percorreu-lhe a coluna. Adivinhou que seria o fim da sua carreira, o que tinha na sua posse era mais do que suficiente para o incriminarem. Seria acusado de tráfico, traição, encobrimento de agentes estrangeiros. Cada uma dessas acusações era suficiente para servir num batalhão penal, onde pagaria em sangue pelos seus crimes.
A agente que chegaria no dia seguinte seria também capturada. As chances de alguma vez destruir esta oligarquia estavam reduzidas. Em particular, chateava-o não ter conseguido vingar o seu irmão, morto na linha do Mondego.
Os dois sujeitos tocaram à campainha, ignorando-o por completo. Ainda com as mãos a tremer entrou no seu prédio. Subiu as escadas e trancou-se no seu apartamento. Colou-se à janela da cozinha.
Um dos homens conversava agora com o vizinho da frente. O outro saiu do interior do edifício com uma volumosa caixa de madeira. Um par de notas trocaram de mãos e os dois homens desceram a rua com a mercadoria.
Respirou de alívio, percebendo que a sua mente pregara-lhe apenas uma partida. A revolução iria acontecer.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Chá de Domingo #24: Balanços Anuais

Chega a estes dias do ano e os bloguers fazem-nos chover uma data de balanços anuais. Yap! Nem eu estou fora dessa moda!


Depois do Natal e antes do Ano Novo as redes sociais e a blogosfera são invadidas por balanços do ano vigente. Não sei se é tradição ou vício,mas a verdade é que ano após ano a história é sempre a mesma, relembram-se as vitórias e também os pontos menos bons.
Se para algumas pessoas é apenas uma viagem no ego, para outras é uma forma importante de olharem para atrás e verem o que de bom conseguiram para se auto-motivarem para o ano seguinte. Há quem o faça para receber palmadinhas nas costas e há quem o faça para não ficar por baixo. Há relatórios curtos e há outros mais pormenorizados. Há listas de tudo e mais alguma coisa: filmes, livros, séries, animes, musicas, bandas e outras coisas que nem ocorrem. Depois há os plágios, quem copie secções de outras pessoas e adapte para si. Se há quem faça listas, também há quem prefira o texto corrido.
Há tantas variações que me cansaria de as nomear todas. Aliás, já estou farto de falar nisto!
Falando agora um pouco dos meus balanços: acontecem às vezes. É o ponto fundamental. quem já conhecia o meu blogue antigo sabe que os balanços aconteceram nalguns anos, mas noutros nem vislumbres deles. Creio que o primeiro ano em que fiz um foi em 2004. Foram mais os anos em que não fiz dos em que fiz, sendo que a última edição foi em 2013 e pode ser encontrada aqui.
Como são os vossos balanços anuais?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Livros: Diário Secreto de Camila

Conheci este livro assim que saiu, mas demorei até agora para o conseguir ler.


Autoras: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Sinopse: Apesar de ser Inverno e de estar frio, Camila decidiu ir comprar um gelado. Enquanto esperava o troco, deu de caras com um rapaz que lhe pôs o coração em alvoroço. quem seria? Teria reparado nela? O encontro breve não permitiu tirar conclusões, mas uma coisa era certa: apaixonara-se irremediavelmente. Como lhe pareceu captar indícios de que ele vinha morar para o bairro, nunca mais teve sossego. A vida ganhou um sabor novo, passou a girar ao ritmo dos sentimentos e a incluir longas horas de espionagem sobre os prédios em redor. Tantas emoções juntas fizeram-na sentir necessidade de escrever um diário. E o hábito de comunicar ao papel os pensamentos mais íntimos transformou-a numa observadora atenta, crítica, perspicaz. Dia após dia vai aprofundando o conhecimento de si própria, dos outros, do mundo. Multiplicam-se as descobertas e as surpresas, mas a paixão resiste.


Romances de aprendizagem tem um lugar muito especial na literatura juvenil. Diário Secreto de Camila merece um lugar de destaque, apesar de não conseguir ofuscar A Lua de Joana. Escrito em forma de diário, como o próprio nome indica, é uma história cativante e com um bom fio condutor. É fácil criar empatia com a personagem principal e as suas acções são bastante verossímeis. A linguagem empregue é a própria de uma jovem e as preocupações retratadas são comuns a muitos adolescentes. É um livro curto, contudo, parece-me ter o tamanho certo para um manuscrito desta natureza. Só me arrependo de não o ter lido na idade certa, mesmo assim, é um leitura interessante para os mais velhos.
Recomendo a todos os jovens entre os 14 e 16 anos, e também aos adultos que se interessem por romances de aprendizagem.

Classificação: 4 estrelas

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Crónicas do Porto e Galiza

Tal como prometido, vou disponibilizar o seguinte ebook de forma gratuita:

https://dl.dropboxusercontent.com/u/5059373/Cronicas.pdf


Autor: Pedro Cipriano
Sinopse: Imagine que a própria União Europeia acabou numa violenta luta do Norte contra o Sul. Imagine um Portugal que se fragmentou em três estados. Imaginem que um desses estados vive mergulhado num regime fascista cujo objectivo único é dominar o resto da península Ibérica. Esta é a realidade de Rui, Bruno, Leonor, Manuel, Miguel, Ana e Daniel, assim como o de milhares de outros cidadãos.


Espero que gostem! Boas leituras!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Em breve mais um presente de Natal....

Em breve haverá mais um presente de Natal para os meus leitores:


Irei disponibilizar este livro para download gratuito entre o dia 24 até ao dia 31 de Dezembro de 2014. Incluí sete contos do meu universo ficcional "Porto e Galiza", um dos quais inédito. Haverá também um passatempo cujo o prémio será um exemplar do meu livro "Caderno Vermelho".

domingo, 21 de dezembro de 2014

Chá de Domingo #23: Presentes de Natal

Hoje decidi entrar no espírito natalício e deixar-vos um pequeno presente de natal.


Que outros presentes poderiam ser senão ebooks grátis? Para ajudar à festa, escolhi só autores portugueses.


Autor: Anton Stark
Sinopse: Um sonho, tão real quanto perigoso. Uma teoria, que pode explicar uma das verdades fundamentais do cosmos. Uma experiência para comprovar a ligação entre ambos. Acompanhe Toltep e o seu avô Hara'can enquanto ambos tentam comprovar a obscura teoria das Cordas de Itz'mucan.
Toltep acabou de morrer. Pelo menos, foi com isso que sonhou. Com a ajuda do seu avô, o professor e cientista Hara'can, vai tentar apurar se o sonho foi apenas um fragmento de imaginação ou um evento real, através da teoria das Cordas de Itz'mucan. A descoberta terá repercussões maiores do que as que podem imaginar. Um conto de Ficção Científica a não perder. 
https://www.smashwords.com/books/view/460887


Autor: Manuel Alves
Sinopse: Na segunda metade do século 21, ciborgues dotados de inteligência artificial são fabricados em Séries distintas. A Série Vénus é destinada a funções sexuais. A C12, a entidade privada mais poderosa do mundo, lidera a exploração comercial da Série Vénus e pretende dominar definitivamente o mercado com o lançamento de um novo modelo, o Vénus 12, que não se limitará a pensar.
https://www.smashwords.com/books/view/374156


Autora: Leonor Ferrão
Sinopse: Um cavalo Puro-Sangue Lusitano, de boa linhagem, sonha ser um campeão e honrar os seus antepassados. Para tal, precisa de adquirir um cavaleiro, e escolhe a Feira da Golegã para o fazer. Mas uma compra precipitada irá mostrar-lhe que o caminho para a imortalidade nem sempre é o mais óbvio.
https://www.smashwords.com/books/view/497649


Autora: Carina Portugal
Sinopse: Durante mais de um século, Rouco manteve a sua guarda, sob a ponte de uma antiga vila. Algo negro habita-a, escondido entre as pedras degradadas e os líquenes, aguardando a chave da sua libertação. Aurora, uma menina cega, é a única que tem o dom de as conseguir ver. Contudo esse dom é também uma maldição.
https://www.smashwords.com/books/view/501731


Autora: Alexandra Rolo
Sinopse: E se na passagem de ano, ao bater da meia-noite, tudo parasse?
E se fosses tu a acordar para este pesadelo?
Mariana abre os olhos para uma verdade impossível. Todos à sua volta estão inconscientes. Nem os ponteiros do relógio se moviam.
https://www.smashwords.com/books/view/503016


Autora: Ana C. Nunes
Sinopse: Teria sido uma noite como outra qualquer se a terra não se tivesse aberto debaixo dos seus pés, qual monstro esfomeado. E afinal o que é aquilo que brilha no cimo da montanha? Cabe à Heroína e ao seu fiel Mascote descobrir o que se passa e consertá-lo. Ou será que ainda vão fazer pior?
Esta é a segunda aventura ilustrada da Heroína.
https://www.smashwords.com/books/view/481516


Autora: Olinda P. Gil
Sinopse: Um conto de Natal que retrata um Natal em Família.
https://www.smashwords.com/books/view/494453

Boas leituras!